O professor Roberto Alexandre Dias, coordenador do curso de mestrado em Mecatrônica do Câmpus Florianópolis, é o primeiro servidor do IFSC a ser contemplado com uma bolsa de produtividade em Desenvolvimento Científico e Tecnológico e Extensão Inovadora (DT-II) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Roberto vai desenvolver o projeto “Infraestrutura de comunicação para gerenciamento distribuído de microgrids de geração de energia elétrica” com a participação de dois estudantes do mestrado em Mecatrônica. A equipe é composta também por um bolsista de desenvolvimento tecnológico e industrial (DTI) do CNPq, bolsistas e pesquisadores do Instituto de Eletrônica de Potência da Universidade Federal de Santa Catarina (Inep/UFSC) e técnicos e engenheiros da Cebra – Empresa Conversores Estáticos Brasileiros.

“O trabalho de pesquisa está dentro do escopo de meu estágio pós-doutoral que será realizado na modalidade empresarial envolvendo o Inep/UFSC e a empresa Cebra, que produz conversores estáticos de uma maneira geral e, especificamente dentro do objeto deste trabalho, conversores CC-CC para alimentar bastidores de telecomunicações de subestações de energia elétrica”, explica Roberto.

O trabalho consiste no desenvolvimento de uma infraestrutura de comunicações composta de sistemas e protocolos de comunicação padronizados e adequados ao gerenciamento de atios do setor de energia, como o OLE for Process Control Unified Architecture (OPC)UA) atuando como software de intermediação para o padrão IEC 61850, específico para gerenciamento de dispositivos de subestações de energia elétrica. “Ambos os padrões são muito recentes e a adoção do OPC-UA terá aplicação na integração de microgrids de geração de energia elétrica que podem, em caso de superávit, entregar energia elétrica para a rede das concessionárias de distribuição”, detalha o professor. “O assunto é ‘quente’ em virtude da utilização de protocolos de comunicação recentes e sobretudo pela atual condição do nosso parque hídrico, que vem gerando demandas de aperfeiçoamento de nossa matriz energética”, salienta.

A bolsa de produtividade em pesquisa DT é ofertada anualmente em chamada específica do CNPq e visa incentivar pesquisadores brasileiros a se dedicar a pesquisa aplicada e extensão inovadora no país. Para se candidatar à bolsa, é importante ter, além de produção científica mensurada em publicações qualificadas, participação e coordenação de projetos de pesquisa em parceria com empresas. A modalidade valoriza a obtenção de depósito de patentes e/ou registro de software.

Para saber mais sobre a bolsa de produtividade em pesquisa DT do CNPq, clique aqui.