Você sabia que onde está localizado o Câmpus Araranguá antes funcionava um aeroporto? O local era um importante campo de aviação, onde, inclusive, pousavam aviões comerciais de grande porte como os da Varig, vindos do Rio Grande do Sul. Para relembrar essas histórias, o projeto “História do Câmpus”, coordenado pela professora Ana Pruner, e o projeto de extensão “Memória Viva”, coordenado pelo servidor Alexandre Rocha, organizaram uma série de palestras sobre o tema, realizadas nos dias 19 e 20 de março no auditório tanto para alunos e servidores do IFSC quanto para estudantes de escolas públicas e projetos sociais. O evento fez parte das comemorações dos sete anos do Câmpus Araranguá.

Os bolsistas Emanuela Bellettini e Leonardo Barbosa do curso de técnico integrado em Vestuário e o servidor do IFSC Alexandre Rocha foram os responsáveis pela apresentação do levantamento histórico. “Araranguá foi protagonista de momentos históricos importantes para o país como a Guerra dos Farrapos e a Revolução Federalista no século XIX e no século XX o aeroporto foi um importante instrumento para o desenvolvimento da região. Havia uma época em que não existia Ensino Médio em Araranguá e muitos filhos de famílias ricas pegavam o avião para ir estudar em Florianópolis, Rio de Janeiro ou Porto Alegre. Depois que a Varig encerrou os voos na região, alguns moradores faziam voos com seus teco-tecos”, explica Alexandre Rocha.

O aeroporto de Araranguá foi construído em 1936, mas é só a partir da década de 1950 que o campo de aviação funcionou onde hoje está localizado o câmpus do IFSC. “O aeroporto estava em operação até 1981 com uma estrutura bastante precária. Só tinha um hangar e não havia cercado que delimitasse a pista”, explica Leonardo Barbosa.

Depois que o aeroporto foi desativado, o terreno foi vendido para particulares ainda na década de 1980 e nos anos 2000 foi doado para a União para a construção do Câmpus Araranguá. “ A ordem para o início da construção do câmpus foi dada em 2006 e o primeiro curso foi o de costura industrial”, explica a aluna Emanuella Bellettini.

Para muitos alunos e servidores presentes na palestra essa foi a primeira vez que eles ouviram falar sobre a existência de aeroporto na cidade e que ele funcionava onde hoje está localizado o Instituto. “A gente nem fazia ideia de que tinha um aeroporto”, explicam as alunas Bruna Réls e Lorraine de Sousa, do quinto ano da Escola Municipal Dolvina Leite de Medeiros.

A proposta dos organizadores da palestra é dar continuidade ao levantamento histórico sobre o Câmpus Araranguá. “Nós estamos nos organizando para realizar entrevistas com os moradores do bairro”, explica Alexandre Rocha.