O oitavo capítulo do Plano de Desenvolvimento Institucional do IFSC trata das Políticas de Atendimento aos Discentes (estudantes) da instituição, incluindo ingresso, assistência estudantil, segurança alimentar, permanência e êxito, atendimento a pessoas com necessidades específicas e acompanhamento de egressos.

O capítulo registra o que é feito hoje no IFSC e prevê ações futuras para melhorar o atendimento aos estudantes. No ingresso, uma das ações a ser tomadas é o fomento ao uso da análise socioeconômica como forma de ingresso em cursos técnicos, como ocorre hoje com alguns cursos de formação inicial e continuada.

O Programa de Atendimento ao Estudante em Vulnerabilidade Social (Paevs) vai passar por reestruturação normativa, com revisão de regras de acesso e permanência. Algumas mudanças já ocorreram com a publicação da resolução 47/2014 do Conselho Superior do IFSC (Consup), em 18 de dezembro passado. Uma das alterações é a possibilidade de o aluno poder se inscrever no programa em qualquer época do ano e não em períodos específicos. “Isso facilita para o aluno que ingressa no IFSC fora do início de semestre, em casos como transferência, ou mesmo FIC”, explica a psicóloga da Diretoria de Assuntos Estudantis, Janaína Turcato Zanchin.

Janaína explica que o Paevs passa a ter como foco a condição social do estudante, incluindo seu patrimônio, acesso à saúde e educação e condições de moradia, entre outros itens avaliados, e não apenas na renda, como ocorria anteriormente.

O IFSC vai ter ampliada a assistência estudantil na área de alimentação. Para isso, será implantado o Programa de Segurança Alimentar do Estudante (Psae), regulamentado pela resolução 46/2014 do Consup, um conjunto de estratégias que defendem a garantia de oferta de uma alimentação aos estudantes, divididas em três planos: Plano de Alimentação Estudantil, Plano Cantina Saudável e Plano de Educação Alimentar e Nutricional. A pró-reitora de Ensino, Daniela de Carvalho Carrelas, conta que o Psae é um dos 10 programas previstos pela Política de Assistência Estudantil do IFSC e que discussões sobre alimentação devem ser incluídas nas aulas dos cursos do IFSC.

Na permanência e êxito, uma das principais iniciativas tomadas será criar uma Coordenadoria de Estágios dentro da Pró-reitoria de Ensino, que será articuladora institucional das questões relacionadas ao estágio. O primeiro passo do setor será trabalhar na regulamentação do estágio prevista no Regulamento Didático-pedagógico (RDP), conforme a pró-reitora Daniela Carrelas.

Outras ações tomadas são fortalecer e aumentar equipes das coordenadorias pedagógicas dos câmpus e promover a troca de experiências entre seus servidores por meio de encontros regionais e publicação das práticas exitosas. O IFSC também pretende promover atividades culturais, esportivas de prevenção e promoção da saúde, de combate à discriminação e de valorização das diferenças entre os estudantes.

O atendimento a pessoas com necessidades específicas deve ser aprimorado por meio da aquisição de equipamentos de tecnologia assistiva e desenvolvimento de projetos em acessibilidade e por meio da construção do regulamento do Núcleo de Atendimento de Pessoas com Necessidades Específicas (Napne), cujas discussões começaram no final do ano passado. Essa regulamentação deve estabelecer o que são os Napnes, quem deve trabalhar neles, quais as atribuições e carga horária dos servidores desses núcleos e quem deve financiar os setores. Também estão previstos cursos de capacitação para atendimento aos estudantes com necessidades específicas, como o de FIC em Educação Especial, em andamento, oferecido pelo Centro de Referência em Formação e Educação a Distância (Cerfead).

Por fim, o IFSC deve implantar, nos próximos cinco anos, um programa de acompanhamento de egressos, para ter retorno do impacto da formação dada aos alunos.

Para saber mais sobre o capítulo 8 do PDI, visite o site do Plano de Desenvolvimento Institucional do IFSC.