Servidoras do Câmpus Palhoça Bilíngue visitam escolas bilíngues no Ceará

17. junho 2015 | Escrito por | Categoria: Câmpus Palhoça Bilíngue, Matérias

Entre os dias 1º e 3 de junho, a professora da área de Educação Bilíngue, Eliana Bär e a pedagoga Josiele Heide Azevedo realizaram uma visita técnica em duas escolas bilíngues de Fortaleza (CE): o Instituto Cearense de Educação de Surdos (ICES), que atende em média cerca de 390 estudantes surdos, e o Instituto Felippo Smaldone de Educação de Surdos, que conta com aproximadamente 190 crianças surdas da educação infantil ao ensino médio; ambas instituições públicas, sendo a segunda filantrópica.

O objetivo da visita foi conhecer experiências de educação bilíngue em outra região do País, a fim de aperfeiçoar a proposta do curso superior de Pedagogia Bilíngue, que contribuirá com a formação dos professores que atuam nas escolas bilíngues. A previsão é que o curso seja oferecido, no IFSC Palhoça Bilíngue, a partir do primeiro semestre de 2017, na modalidade EaD.

Embora já se trabalhe com a educação de surdos há algumas décadas, os desafios ainda são inúmeros, como a contratação de profissionais bilíngues especialmente para áreas como ciências humanas, ciências naturais e matemática; a escassez de recursos financeiros para a manutenção e o aperfeiçoamento do trabalho pedagógico; a alfabetização precária dos surdos ingressantes tanto em português, quanto em língua de sinais; a vulnerabilidade social e econômica das famílias; as concepções de educação especial que ainda percebem o surdo como deficiente; além da falta de condições técnicas e teóricas apropriadas para a produção de materiais didáticos para as diferentes área de atuação docente.

Esse tipo de iniciativa amplia as possibilidades de atuação do IFSC, no sentido de possibilitar parcerias e ações que aproximem-no das diferentes realidades e instituições de educação de surdos, no intuito de contribuir para intervenções que promovam avanços nessa área. “Durante a visita dialogamos com profissionais das instituições visitadas sobre as necessidades de formação inicial e continuada na área de educação bilíngue, as metodologias utilizadas para o trabalho nas diferentes etapas de ensino, as dificuldades encontradas para o trabalho docente e administrativo das escolas e as demandas de formação e aperfeiçoamento”, explicou Eliana.

“Foi uma experiência muito enriquecedora, pois mesmo com muita escassez de recursos e poucas condições de trabalho, as instituições praticam o bilinguismo. A impressão que eu tive é que eles tiram leite de pedra, pois uma das escolas sequer tem acesso à internet e a outra tem acesso mais limitado do que os disponíveis no celular da maioria das pessoas. É realmente um trabalho inspirador”, declarou Josiele.

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