A edição desta semana da Revista Veja (2431) traz a matéria especial “Voando para o Futuro”, que mostra o alto nível da educação finlandesa e quais mecanismos o país da escandinávia utiliza para atingir tamanha excelência. Uma das entrevistadas para a reportagem foi a professora Joelma Kremer, docente do Câmpus Lages do IFSC que passou por um período de cinco meses de capacitação na Finlândia, entre fevereiro e junho deste ano.

Joelma faz parte de um grupo de 35 professores de 25 Institutos Federais do Brasil que submeteram propostas de apoio financeiro a projetos que visem contribuir para o desenvolvimento científico e tecnológico do país. Do IFSC, apenas Joelma foi selecionada com o projeto “Diagnóstico da Elaboração de Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos pelas Médias e Grandes Empresas de Lages”, que tem o apoio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Serviços Públicos.

A publicação mostra como a Finlândia tem rompido com paradigmas da educação, eliminando o modo de ensinar tradicional onde o professor é o detentor de todo o conhecimento e o dissemina de forma unilateral ao aluno, que atua como sujeito passivo no processo. “O que ensinar a crianças que não necessitam mais do saber enciclopédico, já que têm acesso a informação de qualidade ao toque do mouse, mas devem ser trabalhadas para enfrentar problemas e ofícios que nem sequer se imagina quais serão?”, questiona a reportagem, escrita pela repórter Mônica Weinberg.

A resposta, segundo a reportagem, está no incentivo ao desenvolvimento de habilidades requeridas no mercado de trabalho, como resiliência, capacidade de produzir em equipe, comunicação, abertura ao risco e criatividade. Nesse contexto, o papel do professor passa a ser o de provocador dessas habilidade por meio de desafios e propostas.

“Aqui os alunos desenvolvem projetos junto a empresas e fazem pesquisa para valer, tudo muito eficaz e conectado ao mundo real”, disse Joelma à reportagem. A professora participou da capacitação na Universidade TAMK, em Tempere.