Alunos e professores do curso de Design de Produto do Câmpus Florianópolis irão participar neste fim de semana de mais uma ação da Bienal Brasileira de Design 2015, que está sendo realizada na Capital. O evento será realizado nos dias 10, 11 e 12 (sexta, sábado e domingo), no Mont Serrat. Será montado uma Geodésica (foto), onde o Coletivos Criativos realizará atividades culturuais. O Coletivos Criativos é um grupo formado especialmente para a Bienal para pensar intervenções no espaço urbano de Florianópolis, e que também dá nome a uma das exposições em cartaz no MIS (Museu da Imagem e do Som), no CIC.

No local serão oferecidas oficinas voltadas para ensinamentos práticos: de como montar uma horta vertical em pneu; de como agroflorestar quintais, fazer sementeiras em argila e fazer papel artesanal a arte dos malabares e de tocar orocongo. Festival de Pipa e Bazar de troca também fazem parte da programação.

Entre as curadoras do Coletivos Criativos está a professora Isabela Sielski. Outra professora que desenvolverá atividades no local é Conceição Garcia Martins, que fará uma intervenção artística, com a confecção de ‘roupas’ de tricô para os postes da comunidade.

Design Possível

As atividades deste final de semana são um reflexo do projeto de extensão que o Câmpus Florianópolis desenvolve desde 2009 na região do Mont Serrat. “O Design Possível SC é um projeto de design colaborativo em comunidades de periferia, visando geração de renda, capacitação, empreendedorismo e o bem-estar”, explica a coordenadora Isabela Sielski. A ideia surgiu a partir de uma palestra de Ivo Pons, criador do Design Possível em São Paulo.

Entre as ações já realizadas, estão a criação da identidade visual de produtos de três comunidades indígenas da Grande Florianópolis (do Morro dos Cavalos, Maciambu e Biguaçu), reaproveitamento de resina utilizada na fabricação de pranchas, além de parcerias com ONGs para treinamento e capacitação.

Há cerca de dois meses, o grupo inaugurou uma intervenção na subida do Mont Serrat. Foram instaladas bancos e corrimões em uma parte bem íngreme do caminho, para que as pessoas pudessem parar e descansar ao longo do trajeto. Um muro também foi colorido e acabou virando ‘atração’ entre os moradores. “As pessoas param para tirar fotos em frente ao muro, algo que não havíamos previsto no projeto, essa utilização mais lúdica”, explica Isabela.

Durante o evento da Geodésica, será realizada uma mesa-redonda para que os moradores possam avaliar a instalação dessa estrutura e fazer sugestões. Confira a programação completa em https://www.facebook.com/geodesicacultural.