Com os objetivos de aproximar os estudantes dos espaços de debate no município e fazer com que eles percebam a presença de diferentes poderes num local de construção de políticas públicas, a professora Kênia Gaedtke, do Câmpus Jaraguá do Sul, participou com os alunos da 7ª fase do curso técnico integrado em Química da 6ª Conferência Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente. O evento ocorreu no dia 1º de julho e contou com a presença de estudantes de outras escolas e representantes do governo e da sociedade civil.

Segundo a professora, a presença na conferência permitiu uma vivência diferenciada aos alunos. “A ideia era levar os estudantes a algum espaço de democracia deliberativa. Como a conferência estava programada para esta época, foi uma ótima oportunidade de participação, inclusive porque a conferência dos direitos da criança e do adolescente pressupõe a participação destes, que são os maiores interessados para que os direitos se consolidem”, explica.

Para o estudante Eduardo Schalinski, de 19 anos, a participação no evento evidenciou problemas na construção e na implementação de políticas públicas locais. “Percebemos várias deficiências, como a falta de divulgação prévia da conferência e a falta de oportunidades para que nós, adolescentes, possamos contribuir objetivamente com sugestões e propostas”, destaca.

Já a aluna Débora Paulus Soares, de 17 anos, questionou a maneira de condução da atividade. “Estávamos lá para contribuir, mas boa parte do evento foi preenchido com palestras e sobrou pouco tempo para debater e redigir sugestões. Além disso, a maneira como as propostas são redigidas é muito vaga e dá margem para que os governos não cumpram o que é definido pedido pela comunidade que participa da conferência”, afirma.

Responsável pela disciplina de Sociologia, a professora Kênia abordou, durante o semestre, os conceitos de poder e democracia. Esta é a primeira vez que uma turma do câmpus participa de uma conferência municipal.