O presidente do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), Belchior de Oliveira Rocha, participou na tarde dessa terça-feira, 7/7, do seminário sobre a reformulação do ensino médio, promovido pela Comissão de Educação da Câmara dos Deputados. Ele foi um dos expositores da mesa que abordou a integração do ensino médio à educação profissional.

Fazendo referência ao ensino técnico integrado, Belchior Rocha falou sobre o modelo de educação profissional, verticalizado e de qualidade, desenvolvido pelas instituições da Rede Federal. “Queremos preparar profissionais para o mundo do trabalho e para a vida com formação cidadã, acima de tudo”, disse Belchior Rocha, que também destacou os desafios para uma reforma consolidada e estruturada. “Precisamos fazer a transformação institucional, pensar na formação dos professores, nas condições dos laboratórios e na formatação dos cursos”.

A reformulação dos conteúdos e, principalmente, a compatibilização das cargas horárias foram outros desafios citados pelo presidente do Conif. “Hoje o conteúdo propedêutico requer 2.400 horas e o conteúdo técnico exige entre 800 a 1.200 horas. Com isso, o ensino médio integrado pode chegar a 3.600 horas e o aluno pode cursar até 14 disciplinas por ano, o que dificulta a compreensão e a dedicação do estudante”, destacou o presidente do Conif.

A mesa “Integração do ensino médio com a educação profissional” foi coordenada pelo deputado Wilson Filho (PTB-PB). Além do presidente do Conif, também participaram a diretora de Políticas de Educação Profissional da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (Setec/MEC), Nilva Schroeder, e a coordenadora da Educação Profissional e Tecnológica de Sergipe, Rivania Andrade Menezes, representando o Conselho Nacional de Educação de Secretários da Educação (Consed). O seminário foi proposto pela deputada Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO).

Lei – A reformulação do ensino médio, prevista no Projeto de Lei (PL) nº 6840/13, propõe que os alunos direcionem o currículo de acordo com quatro áreas de conhecimento: linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas e formação profissional. O PL foi aprovado por Comissão Especial no fim de 2014 e será analisado pelo plenário da Câmara dos Deputados.

Assessoria de Comunicação do Conif