Movimento A Indústria pela Educação é apresentado ao ministro da Educação
24. julho 2015 | Escrito por Jornalismo IFSC | Categoria: Gestão, Governo Federal, MatériasO ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, se disse “satisfeito com o empenho da indústria de Santa Catarina em melhorar a educação”, referindo-se ao Movimento A Indústria pela Educação, criado pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc). A declaração foi feita na manhã desta quinta-feira (23), no Senai em Joinville, ao término do evento de apresentação da iniciativa lançada em 2012. “Todos os movimentos que tenham uma base forte, que vêm das raízes, são importantes quando procuram o aprimoramento da educação”, destacou o ministro.
Para o ministro, uma economia desenvolvida exige um “trabalhador inteligente, que não se limite a repetir tarefas mecânicas, ao contrário do que se exigia no início da indústria, quando o trabalhador não passava de um acréscimo da máquina. Hoje ele tem que saber lidar, dar ordens à máquina e não apenas fazer algo que um robô poderia fazer no lugar dele”. Renato Janine Ribeiro destacou que a educação do trabalhador também deve considerar a formação de cidadão – para a democracia e para a vida pessoal.
Ao falar sobre a iniciativa de envolver os pais, Janine Ribeiro citou o exemplo que viveu em casa, quando teve que ajudar os filhos com trabalhos escolares. “Temos que ser modestos e reconhecer que os filhos muitas vezes sabem mais do que os pais”, declarou.
O presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, lembrou que o Movimento surgiu da constatação da baixa escolaridade dos profissionais do setor. “Verificamos que apenas 53% dos trabalhadores da indústria catarinense tinham ensino básico completo. Este dado nos impactou”, afirmou, ressalvando que a situação não era de responsabilidade dos trabalhadores, mas de toda a sociedade, que ainda não tinha percebido a importância do investimento em educação. Na visão da Fiesc, o principal fator para a competitividade está relacionado à educação. “Em qualquer setor, mas principalmente na indústria, o trabalho se realiza por meio de equipamentos sofisticados, que requerem operadores com maior qualificação profissional”, salientou Côrte.
A reitora Maria Clara Kaschny Schneider faz parte do Conselho de Governança do Movimento e ressaltou a inserção do IFSC no estado e a articulação dos Institutos Federais com o setor produtivo. “Ressaltei a importância de termos essa parceria intensificada, a fim de fortalecer a pesquisa aplicada e melhorar a qualificação dos nossos trabalhadores”, conta.
Com informações da Assessoria de Imprensa da Fiesc
Fotos: Heraldo Carnieri