Professores vão conhecer mais importante laboratório de Física do mundo
12. agosto 2015 | Escrito por Jornalismo IFSC | Categoria: Câmpus São José, Câmpus São Miguel do Oeste, MatériasOs professores de Física, Vinícius Jacques, do Câmpus São José, e Diogo Chitolina, do Câmpus São Miguel do Oeste, foram selecionados para conhecer o laboratório da Organização Europeia para Pesquisa Nuclear (CERN), o maior e mais importante laboratório de Física do mundo, onde está o Large Hadron Collider – Grande Colisor de Hádrons (LHC), na divisa entre França e Suíça.
Eles vão participar do projeto Escola de Física do CERN, do qual constam visitas às suas instalações e laboratórios, sessões experimentais e cursos sobre tópicos de Física de partículas, de 30 de agosto a 4 de setembro, em Genebra, Suíça. Antes disso, vão a Portugal, nos dias 27 e 28 de agosto, para conhecer o Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas (LIP) e participar de uma preparação para a Escola do CERN.
A Escola de Física do CERN é destinada a professores de países europeus. Como resultado de negociações por parte de pesquisadores brasileiros e da diretoria da Sociedade Brasileira de Física (SBF), foi aberta, como uma ampliação da cooperação do CERN com Portugal, a possibilidade de participação de professores brasileiros neste programa, ao lado de docentes portugueses e africanos.
Para a etapa 2015, foram selecionados 22 professores brasileiros. Foram levados em conta, na seleção, o tempo de magistério; formação acadêmica; participação em eventos ligados ao Ensino de Física; envolvimento em projetos de pesquisa e extensão relacionados ao Ensino de Física; proposta de divulgação no retorno para o Brasil das experiências e conhecimentos adquiridos.
Segundo o professor Vinícius Jacques, “a oportunidade de conhecer o mais importante laboratório de pesquisa em Física no mundo é um misto de realização pessoal e estímulo profissional, principalmente por ter consciência de como esta experiência pode se traduzir em inspiração para futuros trabalhos”.
Para o professor Diogo Chitolina, “é uma oportunidade única para um professor que pretende abordar em sala de aula temas de física moderna e contemporânea. Espero que ao regressar desta experiência eu consiga de fato abordar o que aprenderei no CERN e transmitir minha empolgação pela ciência ao longo da minha prática docente no IFSC”.
O que é o CERN:
O CERN recolocou em funcionamento, no ano de 2009, o grande colisor de prótons “Large Hadron Collider” (LHC), maior acelerador de partículas do mundo, localizado na divisa entre França e Suíça. O laboratório localiza-se em um túnel de 27 quilômetros de circunferência e fica a 175 metros abaixo do nível do solo. Entre as maiores contribuições do CERN foi a identificação do bóson de Higgs, chamada de “partícula de Deus”.
Cientistas de diversas nacionalidades atuam de forma integrada na busca por descobertas nas fronteiras da física e na comprovação de previsões teóricas, várias acabaram até rendendo alguns prêmios Nobel de Física.
Segundo o professor Diogo Chitolina, os temas pesquisados pelo CERN são amplamente divulgados pela imprensa, e é comum que os estudantes tragam para as salas de aula questionamentos a respeito deles, como o Bóson de Higgs, da antimatéria, dos Quarks, dos campos de interação, entre outros, daí a importância da busca constante pela atualização. “Ao meu ver, a escola de Física do CERN nos dá a oportunidade de entrar em contato direto com a ciência em plena construção, contribuindo para melhorarmos nossas propostas didáticas, buscando despertar no estudante o interesse pela Física e pelas formas de como essa ciência é construída”, destaca.