Mulheres na área tecnológica é tema de debate no Câmpus São José
1. setembro 2015 | Escrito por Jornalismo IFSC | Categoria: Câmpus São José, MatériasNo dia 19 de agosto, foi realizada no Câmpus São José a mesa redonda “Mulheres na Área Tecnológica”, atividade integrante do projeto de extensão “Mulheres na Engenharia: Quebrando Paradigmas”, apoiado pelo Programa Institucional de Apoio a Projetos de Extensão do IFSC (Aproex). A mesa foi organizada pelas alunas Layssa Pacheco e Helen Luciany Cechinel e coordenada pelo professor Eraldo Silveira e Silva. O evento contou com a presença da reitora do IFSC, Maria Clara Kaschny Schneider, da diretora de Ensino do Câmpus São José, Marilene Vilhena de Oliveira, além de estudantes e servidores do câmpus, totalizando cerca de 30 participantes.
Segundo a organizadora Helen Cechinel, a idealização da mesa iniciou em junho, com a intenção de promover uma conversa entre professoras e alunas sobre a área da tecnologia e o mercado de trabalho para as mulheres. “Durante o mês de agosto a mesa redonda terminou de ser preparada e passou a agregar também os relatos de alunas intercambistas. A atividade ocorreu, então, em dois momentos, um com as alunas e outro com as professoras,de maneira a abranger ao interesse de todos os estudantes a área tecnológica”, conta.
As alunas Kristhine Fertig, Katharine Fertig, Mariana Silveira, Beatriz da Silveira e Jéssica de Souza contaram suas experiências de intercâmbio, tanto pelo Ciência sem Fronteiras quanto pelo Propicie, detalhando desde a aceitação pelas instituições de destino, passando pelo período de estudo da língua estrangeira, o cotidiano do período acadêmico no exterior, até as oportunidades vivenciadas em atividades extracurriculares. “Por mais de uma hora e meia ouvimos relatos e vimos fotos dos países onde elas estudaram, assim como entendemos um pouco sobre como é ser uma mulher intercambista em diferentes partes do mundo”, conta Helen.
Depois do intervalo, a mesa teve a participação das professoras do curso de Engenharia de Telecomunicações Deise Arndt, Elen Lobato e Maria Cláudia Castro, que falaram sobre formação acadêmica, mercado empresarial e tripla jornada. A intenção era que as alunas pudessem se espelhar nas diferentes realidades vividas pelas professoras. “Durante a primeira parte, elas contaram sobre toda a formação acadêmica, o que as instigou a seguirem a carreira escolhida e como e quando se encontraram quanto profissionais. Em seguida, ouvimos relatos de como foi a experiência no mercado empresarial, fomentando a reflexão de como é o ambiente de trabalho nessa área para as mulheres. E por último, as professoras falaram sobre como é conciliar a vida profissional e pessoal, relacionando questões como maternidade, sobrecarga de atividades, entre outras abordagens”, relata Helen.
Para a organizadora, o evento teve seu objetivo atingido. “Nos relatos de experiência foi possível verificar a existência da discriminação e preconceitos velados e naturalizados em nossa sociedade, que dificultam e até mesmo impedem a participação importante da mulher em relevantes áreas da sociedade. Iniciativas dessa natureza nos ajudam a refletir sobre a ausência da mulher em determinadas áreas da sociedade, bem como também fortalecer a ideia de que a mulher pode e deve ocupar todo e qualquer espaço que quiser. Importante também para lembrar o quanto é importante divulgar as conquistas que se deram a partir da importante iniciativa e/ou contribuição feminina”, avalia Helen.