Alunos do Câmpus Chapecó criam turbina hidráulica para produção de energia elétrica
8. setembro 2015 | Escrito por Jornalismo IFSC | Categoria: Câmpus Chapecó, MatériasA Equipe Aprova, uma das finalistas do Desafio IFSC de Ideias Inovadoras, criou um modelo de turbina hidráulica para pequenas quedas e baixas vazões capaz de produzir energia elétrica com menor custo e baixo impacto ambiental. A equipe é formada pelos alunos Lucas José Frizon, Zemilton da Silva e Jackson Miguel Carvalho de Almada, do curso de Engenharia de Controle e Automação do Câmpus Chapecó.
A turbina criada pelos alunos utiliza o parafuso de Arquimedes invertido, que transforma a energia cinética do fluxo d’água em energia mecânica. Essa energia fica disponível no eixo do gerador para ser ligada à rede de distribuição.
Segundo Lucas, a turbina foi criada a partir de um modelo que já existe na Europa. “Em viagens a Alemanha, o deputado federal Pedro Uczai se interessou em um modelo diferente de turbina hidráulica existente por lá e trouxe essa ideia para nós, que topamos o desafio de desenvolver essa turbina no nosso câmpus e torná-la um produto comercial”, conta.
Além de aproveitar uma faixa de geração ainda não utilizada (pequenas quedas e baixas vazões), este modelo de turbina não agride a fauna aquática, permitindo a passagem de peixes junto ao fluxo de água. O modelo ainda possui um custo de implantação 30% menor do que as centrais geradoras convencionais.
Segundo Lucas, os interessados na aquisição do produto serão empresários do setor de geração de energia elétrica e especialmente pequenos produtores rurais, donos de propriedades com topografia acidentada com a presença de cascatas que, tendo acesso a este novo tipo de negócio, irão implantar seus próprios sistemas de micro geração hidráulica, atendendo a crescente demanda de energia elétrica do cenário nacional. “Esta modalidade de geração, além de representar uma fonte de energia renovável e com baixo impacto ambiental, pode significar um ganho mensal de recursos fixo e que não interfere na atividade produtiva da família, pois o sistema não exige supervisão constante e nem mão de obra qualificada”, explica.