A pró-reitora de Ensino do IFSC, Daniela de Carvalho Carrelas, representou a instituição esta semana durante o seminário Migrações Contemporâneas e Direitos Fundamentais de Trabalhadores e Trabalhadoras em Santa Catarina, promovido pela Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa (Alesc) nos dias 6 e 7. “Durante o evento ficou evidente que não há políticas para acolhimento e auxílio dessas pessoas que chegam em grande número ao nosso estado, em busca de condições dignas de vida. E para que isso seja possível é necessária uma articulação entre diversos atores”, salienta Daniela.

Apenas em 2015, a Arquidiocese de Florianópolis, por meio da Pastoral do Migrante, já recebeu mais de 700 imigrantes, principalmente provenientes do Haiti. Nos últimos dois meses, a média tem sido de 45 atendimentos por dia. Do total de pessoas recebidas, cerca de 11% são crianças, segundo dados da Pastoral.

De acordo com Daniela, o IFSC pode atuar principalmente em quatro frentes no atendimento aos imigrantes: no ensino da língua da portuguesa e cultura brasileira, iniciativa que já vem sendo desenvolvida em câmpus como Caçador e Criciúma; capacitação dos professores da rede básica sobre questões interculturais; reconhecimento de saberes, visto que muitos imigrantes têm formação específica mas não dispõem de documentação comprobatória quando chegam ao Brasil; e atendimento específico às imigrantes do sexo feminino, em um programa nos moldes do Mulheres Mil.

Para discutir essas questões, identificar as demandas e propor ações, foi formado o grupo de trabalho Migrantes e Refugiados, formado por integrantes da Comissão Permanente de Integração dos Programas Sociais (Cips), do Pronatec e dos câmpus que já desenvolvem cursos voltados para imigrantes.

Com informações da Agência de Notícias da Assembleia Legislativa de Santa Catarina
Foto do seminário: Miriam Zomer/Agência AL