Câmpus Lages recebe audiência pública sobre combate à violência contra a mulher
16. outubro 2015 | Escrito por Jornalismo IFSC | Categoria: Câmpus Lages, Eventos, MatériasNa quarta-feira (7) o Câmpus Lages do IFSC foi sede da 11ª audiência pública que debate a violência contra a mulher, que abrangia entidades sociais e a população do entorno da instituição (bairros São Francisco e São Paulo). Além do público externo, os estudantes do IFSC eram o público-alvo do evento, realizado no auditório.
O presidente da Frente Parlamentar que desenvolve o projeto, o vereador Professor Domingos (PT) afirma que este é um compromisso de toda a sociedade, não apenas da Câmara ou dos 19 vereadores. “São mais de cem escolas que aderiram à campanha e vão participar do concurso. Acima de tudo, fica a reflexão e a produção de conteúdo que fará com que nossas crianças e adolescentes pensem sobre o tema e mudem este panorama”, destaca.
O panorama citado pelo vereador é aquele que coloca a cidade de Lages em 1º lugar em Santa Catarina nos índices de violência contra a mulher. Nacionalmente, ocupa o 17º lugar entre os mais de 5500 municípios do país. Os alunos receberam a cartilha “Viver sem violência: um direito das mulheres lageanas”, que traz os dados sobre o assunto, além de informação sobre as formas de violência, comportamentos de risco que devem ser observados e formas de denunciar os agressores.
“É uma satisfação para o câmpus receber a comunidade em nossas instalações, ainda mais para debater um assunto tão importante para a sociedade”, disse a diretora-geral do Câmpus Lages Raquel Matys Cardenuto. Dentre as formas de violência contra a mulher mais comuns, está a violência patrimonial, que é quando se retém, subtrai, destrói parcial ou totalmente objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos a recursos econômicos. “É um fator que faz as mulheres aceitarem o comportamento violento, pois muitas vezes não tem como sustentar suas famílias se não com a renda do marido. Nesse sentido, o IFSC tem um papel importante quanto à qualificação das mulheres, promovendo sua autonomia”, reforça Raquel.
Os 30 mil alunos e dois mil professores da rede pública estadual estão envolvidos diretamente nesta questão segundo o gerente regional de Educação, Humberto Aloisio de Oliveira. “É demorado mudar uma cultura, mudar o que permite o homem ter mais poder que a mulher. Temos que parar para pensarmos nisso. A indiferença é o grande mal, quando pararmos de pensar que o problema é só do outro podemos ter uma mudança. Este é o início de um trabalho que se tornará permanente no município”, afirma Humberto.
Com informações da Câmara de Vereadores de Lages