Candidatos a reitor comentam temas em destaque do IFSC

4. novembro 2015 | Escrito por | Categoria: Gestão, Matérias

No próximo dia 19 de novembro, alunos e servidores do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) vão às urnas para escolher o reitor que comandará a instituição de 2016 a 2019. Três professores concorrem ao cargo de dirigente máximo do IFSC: Maurício Gariba Júnior, Jesué Graciliano da Silva e Maria Clara Kaschny Schneider. Abaixo, os candidatos comentam alguns temas em destaque da instituição.

Assistência Estudantil

Gariba: A Assistência Estudantil não pode ser composta por ações isoladas. Deve ser uma política permanente, ampla e que tenha recursos garantidos independente de quem esteja à frente da gestão. Para isso vamos buscar a ampliação dos recursos para a Assistência Estudantil; garantir o planejamento participativo dos recursos; ampliar iniciativas nas áreas esportiva e cultural; e regulamentar, com transparência, programas previstos na Assistência Estudantil, como de alimentação e transporte aos estudantes.

Professor Jesué: Nossa proposta é reduzir a burocracia para os estudantes acessarem a Assistência Estudantil. Vamos modificar o planejamento orçamentário com o objetivo de ampliar o número de estudantes atendidos e incrementar os recursos destinados programa de bolsas de extensão e de pesquisas. Se eleitos, vamos criar uma rotina de acompanhamento de discentes com vulnerabilidade social e dificuldades de aprendizagem com o objetivo de reduzir os índices de evasão.

Educação a distância

Gariba: A EaD permite que o IFSC esteja em todos os municípios catarinenses sem a necessidade de construir novos câmpus. Para ampliar e incentivar a EaD de modo regionalizado propomos: (1) fortalecer os Núcleos de Educação a Distância (NEaDs) para expandir suas ofertas, (2) debater o papel do CERFEAD no arranjo multicâmpus do IFSC, (3) discutir e definir um modelo de educação a distância para o IFSC, (4) estimular o desenvolvimento e o uso de tecnologias da EaD nos currículos.

Professor Jesué: Vamos rediscutir o papel da EAD no IFSC. Entendemos que o CERFEAD deva ter um papel estratégico nesse processo, contribuindo para que em todos os câmpus possam ser instalados Núcleos EAD. Por meio da EAD vamos ampliar as vagas ofertadas em cursos semipresenciais a partir de convênios e parcerias com Prefeituras. A EAD também tem papel fundamental na formação continuada dos trabalhadores da educação do IFSC e da rede pública.

Autonomia dos câmpus

Gariba: Todos estudantes e trabalhadores da educação da estrutura multicâmpus do IFSC precisam estar comprometidos com a construção da autonomia, que objetiva dar agilidade a processos e garantir o respeito à pluralidade institucional, às distintas experiências e modos de aprender e ensinar em cada contexto. A identidade institucional se constrói a partir das diferenças e de princípios definidos coletivamente, por isso a comunidade deve ser ouvida na construção do modelo de autonomia implantado no IFSC.

Professor Jesué: Nossa proposta é estabelecer uma relação de mais confiança, maior cooperação e solidariedade entre os câmpus e a Reitoria. A primeira ação no sentido de fortalecer a autonomia dos câmpus será convocar uma nova Estatuinte, respeitando a proporção de alunos e servidores de cada câmpus / Reitoria. A princípio entendemos que são possíveis 3 níveis de autonomia: pleno, médio e básico. Os câmpus mais novos precisam de mais apoio da Reitoria. Os mais antigos devem ter autonomia plena.

Ingresso 

Gariba: Precisamos repensar as formas de Ingresso para diferentes regiões, níveis e modalidades de cursos, respeitando a realidade local. Temos experiências de sucesso que precisam ser conhecidas e debatidas coletivamente. Devemos reavaliar os editais para simplificar e desburocratizar processos. Fortalecer o Ingresso nos câmpus e dar ao Departamento de Ingresso condições para agilizar as etapas do processo. E integrar à política de Ingresso a oferta planejada de cursos FIC e a participação de egressos.

Professor Jesué: Vamos dialogar com os câmpus e com os servidores da Reitoria que atuam nessa área para construir juntos um novo sistema de ingresso. A ampliação das oportunidades de inclusão, a prevenção da evasão e a ampliação das matrículas nos cursos do IFSC começam com um sistema de ingresso mais efetivo. Com as informações estatísticas do ingresso vamos atuar no sentido de acolher os ingressantes e dar a assistência para a permanência e êxito.

Capacitação dos servidores

Gariba: A capacitação deve integrar os anseios dos trabalhadores do IFSC e as necessidades institucionais. Vamos implementar, com ampla participação dos trabalhadores, o Programa de Qualificação Institucional e o Plano Anual de Capacitação; garantir ao trabalhador o direito de se afastar ou gozar do horário especial de estudante; possibilitar a troca de experiências entre diferentes setores e câmpus; e efetivar e ampliar a oferta de MINTER e DINTER de maneira regionalizada.

Professor Jesué: Vamos criar o banco de talentos dos servidores docentes e TAEs, mapeando competências e expectativas de formação continuada. Atuaremos também para viabilizar a aprovação do TAE substituto. Por meio de uma ação integrada com outros IFs da Região Sul vamos trabalhar pela criação de um Mestrado Institucional em Gestão Pública. E também vamos defender perante o MEC a criação de um plano de carreira docente que privilegie o reconhecimento da Formação Permanente em Docência, independente da titulação.

Tema Livre

Gariba: Propomos um novo modelo de gestão da reitoria, efetivamente participativo e democrático, atento às necessidades de cada local de trabalho e no qual a reitoria está a serviço dos câmpus, e não o contrário. Com os câmpus como protagonistas, propomos uma rede integrada e com câmpus mais autônomos, num movimento constante de diálogo e troca de experiências e vivências. E com o Ensino como eixo em torno do qual se organizam a Pesquisa, a Extensão e a Gestão, recuperando o caráter educacional do IFSC.

Professor Jesué: Precisamos lembrar que SC é um estado de diversidades sociais, culturais e econômicas. Considerando que o IFSC é uma instituição de abrangência estadual, devemos ter clareza e conhecimento da formação socioespacial de cada região quando pensamos em ensino, pesquisa e extensão. Defendemos que as ações devem ser regionalizadas e respeitar as características de cada região. Devemos ter diretrizes comuns, mas em cada mesorregião deve haver uma articulação para discussão dos problemas comuns.

 

Clique aqui para conhecer melhor os candidatos.

 

Os temas foram definidos pela Coordenadoria de Jornalismo e os candidatos tiveram o mesmo tamanho para as respostas e prazo para envio do material. As respostas foram transcritas na íntegra e aquelas com tamanho superior ao que foi estipulado foram editadas. A ordem de apresentação dos candidatos segue a ordem da cédula de votação. 

A candidata Maria Clara não enviou o material no prazo determinado.

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