Diferentes atividades marcam as comemorações do Dia Nacional da Consciência Negra no Câmpus Palhoça Bilíngue

20. novembro 2015 | Escrito por | Categoria: Câmpus Palhoça Bilíngue, Eventos, Matérias

Dia 20 de novembro é comemorado o Dia Nacional da Consciência Negra e com o objetivo de estimular o debate a respeito de assuntos como a discriminação racial, o preconceito, a importância dos negros na formação da sociedade brasileira e a diversidade cultural existente no país, diversas atividades culturais e artísticas foram realizadas para alunos e servidores do Câmpus Palhoça Bilíngue, no dia 14 de novembro. A programação integrou quatro oficinas, a exibição de um longa-metragem e um documentário.

oficina_mandala2A oficina “Confecção de Mandalas em Mosaico”, ministrada pelo tradutor/intérprete de Libras do câmpus, Wharley dos Santos, resgatou o significado das mandalas e oportunizou aos participantes a produção de suas próprias mandalas, com recortes coloridos de borracha EVA. Outra oficina, ministrada pelas professoras de desenho e animação, Débora de Souza e Bianca Antonio, envolveu a estamparia com motivos africanos. Os temas trabalhados foram o Adinkra, que é uma estampa desenvolvida em Gana, e o Bogolan, de Mali.

oficina_grafite4Já a oficina “Cultura Hip-Hop: Live Paint de Graffiti”, ministrada pelo artista e acadêmico do curso superior de Tecnologia em Produção Multimídia, Jeferson Vieira, o Jefsu, como se identifica o grafiteiro, abordou a origem histórica do hip-hop, sua expansão pelo mundo, os elementos que o integram, como a música (DJ), a poesia (MC RAP), a dança (breaking) e o grafite. Além disso, Jeferson grafitou a expressão de uma negra no muro do câmpus. “Usei como referência a foto do perfil do facebook de uma colega de sala, a Gabby, que na minha opinião, expressa a consciência negra”, declarou Jefsu.

oficina_abayomi3“Contextualizando a Cultura Afro-Brasileira: Abayomís”, foi o título da oficina ministrada pela professora de artes visuais, Janaí de Abreu Pereira. As abayomis são bonequinhas feitas de nós, com sobras de panos, retalhos e sem costuras. Sempre negras, elas são inspiradas em personagens do cotidiano, contos de fada e orixás, e buscam o fortalecimento da autoestima e o reconhecimento da identidade afro-brasileira. Acredita-se que as negras escravas, que vieram para o Brasil nos porões do navios, tenham arrancado pedaços de suas roupas e começado a sua confecção durante a viagem, que durava meses.

oficina_danca4A dança africana foi lembrada na oficina intitulada “Ritmos Africanos: percussão e dança”. Os professores Laíse Moraes e Nando Berto ensinaram alguns passos da kizomba, um gênero musical angolano. Na sequência, os acadêmicos do curso de Tecnologia em Produção Multimídia, Gabriela Oliveira e Sergio Murilo Junior, deram aos participantes algumas noções de percussão utilizando instrumentos elaborados com materiais recicláveis, como um chocalho feito de latinhas de alumínio e um tambor de pote plástico.

cineclub2Além das oficinas, o evento contou com um Cineclube, tendo exibido o longa “Besouro”, filme nacional que mostra a vida de Besouro Mangangá, um capoeirista brasileiro da década de 1920, considerado um grande defensor do seu povo por meio da capoeira. A proposta do técnico de laboratório audiovisual, Oscar R. Junior, que conduziu a atividade, foi discutir os diversos aspectos da obra: históricos, político-sociais, culturais e técnicos. Outra atração foi a exibição do documentário “O que é ser negro em Santa Catarina”, produzido pelos alunos do curso de Tecnologia em Produção Multimídia, a partir de entrevistas realizadas com pessoas da comunidade. O documentário pode ser visualizado aqui.

O Dia da Consciência Negra foi instituído oficialmente pela lei n.º 12.519, de 10 de novembro de 2011, sendo a data uma alusão à morte de Zumbi, um negro que resistia à escravidão. Ele foi o último líder do Quilombo dos Palmares, localizado entre os estados de Alagoas e Pernambuco, tendo sido o maior deles no período colonial.

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