Na última quarta-feira (2) aconteceu a cerimônia de encerramento do Curso de Qualificação Profissional Educação e Gênero – Programa Mulheres Sim. Iniciado em agosto deste ano, o curso visava promover o empoderamento e a promoção de renda para mulheres com baixa escolaridade através do artesanato. O evento fez parte das atividades de comemoração do aniversário de cinco anos do Câmpus Lages.

As alunas fizeram uma exposição dos trabalhos realizados ao longo do curso, tais como enfeites de natal, bancos decorativos, porta-talheres, toalhas de mesa e de louça, entre outros. Depois, houve um momento de depoimentos das alunas sobre a importância do curso realizado e o que ele significou em suas vidas.

Confira alguns depoimentos no vídeo abaixo:

Para a coordenadora do programa, a servidora Rita De Cassia Timmermann Branco, o cursos superou as expectativas. “Esse curso trouxe muitos resultados. Houve uma grande integração entre as alunas e que futuramente podemos trabalhar em outros projetos. Essa turma não acaba aqui, ideia é que elas sigam se qualificando. E essa união vista no grupo colabora para isso. O resultado foi melhor que o esperado”.

“Eu cheguei aqui, não sabia nem falar, lia muito mal. Ai o dia que vi um computador na minha frente eu pensei ‘Meu Deus o que isso?’. Mas me interessei, aprendi a mexer e quero aprender muito mais. Já fiz o curso de viveirista aqui, tenho a minha horta, e fiz o de costura também, hoje faço as minhas costuras para a vizinhança e tem me ajudado muito financeiramente”, disse a aluna Eliana Pereira.

Mesmo sendo uma veterana e cursos oferecidos pelo IFSC, Eliana não pretende se acomodar e parar por aí. Ela ficou animada com a possibilidade de o Câmpus Lages ofertar o Proeja (Ensino de Jovens e Adultos) e assim concluir os estudos.

“Agradeço muito ao IFSC, fui muito beneficiada. Espero fazer o Proeja e que ele possibilite que eu faça outros cursos. Pretendo fazer uma faculdade”, planeja.

Ao longo do ano, o grupo do curso Mulheres Sim participou de diversas atividades, principalmente ligadas à exposição dos seus trabalhos em feiras de economia solidária na cidade e eventos realizados no IFSC, como o Fortei e a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia.

“Eu nunca tinha entrado nesse negócio (curso) e eu to muito contente. Por que quando a gente não abre os olhos, não enxerga, está no escuro. E eu abri meu olho e tenho plano de ir à frente e continuar”, relata a aluna Zulmira Maciel Fernandes.