Xadrez passa a integrar as aulas de educação física do Câmpus Palhoça Bilíngue
14. dezembro 2015 | Escrito por Jornalismo IFSC | Categoria: Câmpus Palhoça Bilíngue, MatériasA aula de educação física do curso técnico integrado de Comunicação Visual do IFSC Palhoça Bilíngue, ministrada pela professora Carmem Cristina Beck, contou com a parceria do professor de empreendedorismo e gestão, João Vitor Nunes Leal, que durante o mês de novembro se propôs a ensinar aos alunos como jogar xadrez. As turmas foram divididas em dois grupos, e enquanto uma parte tinha aula de xadrez, os demais alunos tinham aula na academia, sob a monitoria da professora.
O xadrez é conhecido por trazer em sua prática vários benefícios. “A atividade é tida como um tipo de ginástica cerebral, a qual desenvolve habilidades que podem ser transmitidas para outros campos da vida do praticante, principalmente na fase infantil. Alguns estudos mostram que grupos de crianças que praticam xadrez, costumam apresentar efeitos positivos em suas habilidades de planejamento, resolução de problemas, avaliação de alternativas, leitura e compreensão de textos, matemática, visão espacial, concentração e autodisciplina”, explica o professor.
A intenção das aulas foi “introduzir aos alunos as regras do jogo, habilitando-os também a solucionar alguns problemas trazidos por mim. Eles aprenderem os movimentos das peças e o objetivo do jogo, sendo capazes de identificar o melhor lance para conseguirem sair vitoriosos de algumas posições propostas”, ressaltou João Vitor, que praticou a atividade profissionalmente dos 11 aos 16 anos, tendo sido bicampeão paulista, campeão brasileiro e vice-campeão pan-americano em sua faixa de idade, na época.
O professor mencionou ainda que o xadrez é uma interessante estratégia para a educação de surdos, uma vez que a geometria visual da movimentação das peças é condizente com a cultura surda. Segundo João Vitor, o campeão mundial de xadrez, durante vários anos na década de 60, foi um soviético surdo chamado Tigran Petrosian, considerado o jogador mais difícil de ser vencido de todos os tempos. A intenção é, em 2016, estender a atividade por meio de oficinas abertas à comunidade.
A ideia parece ter agradado aos alunos também. “Eu nunca tinha jogado xadrez, por isso tive um pouco de dificuldade, mas a partir das explicações melhorou muito o meu entendimento. Eu gostei porque o jogo te desafia a raciocinar e o surdo entende mais fácil porque é uma atividade visual”, declarou a aluna surda do curso técnico de Comunicação Visual, Francielle Cristina Gerônimo.
Que tal tentar solucionar os problemas propostos aqui?