O Câmpus Criciúma está desenvolvendo um projeto inovador de automatização do controle dos aparelhos de ar-condicionado que permite ligá-los e desligá-los via internet. Um dos diferenciais do protótipo é que não é preciso fazer alterações intrusivas no aparelho, isso evita que ele sofra qualquer avareza ou mesmo que perca a garantia. “Não há hoje no mercado um sistema como esse que seja instalado na parte externa do aparelho. Outro diferencial é que é possível monitorá-lo através de um software supervisório e dessa forma fazer com que o aparelho seja usado de forma mais eficiente. Não adianta, por exemplo, ligar o ar-condicionado na temperatura mais baixa, porque ele gastará muita energia e não chegará a temperatura desejada. Com esse sistema, o aparelho pode ser programado também para só ligar quando de fato a temperatura chegar a um determinado valor, o que evita que ele seja utilizado de forma desnecessária”, explica o professor coordenador do projeto, Adilson Jair Cardoso.

O protótipo foi instalado em 10 aparelhos do Câmpus Criciúma e já vem sendo testado. “Nós estamos fazendo o treinamento do servidor responsável pelo controle e manutenção dos aparelhos para que ele possa mesmo a distância monitorar o uso. Com isso, mesmo que haja uma queda de energia durante a madrugada e que os aparelhos liguem sozinhos, ele poderá desligá-los a distância.”

Ao utilizar os aparelhos de forma mais eficiente, é possível também reduzir o consumo de energia. “Nós estamos estimando que será possível fazer uma economia de 5 a 10% no consumo de energia elétrica nos meses de verão e que o retorno do investimento de R$ 400,00, para fazer as adaptações em cada um dos aparelhos, se dê em alguns meses de uso do protótipo.”

O projeto “Automatização do controle dos aparelhos de ar-condicionado do Câmpus Criciúma utilizando conceitos da domótica” começou a ser realizada há um ano e é financiado pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic). Participam da pesquisa como bolsistas os alunos do curso técnico integrado em Mecatrônica, Felipe Bez Fontana, Gabriel Gaspar e Giovani Berti. “Nossa proposta é que esse projeto possa ser replicado em outros câmpus e por isso, se algum professor tiver interesse, possamos ceder todos os códigos e tecnologias utilizadas ”, afirma o coordenador do projeto.