IFSC recebe laboratório remoto da União Europeia
16. fevereiro 2016 | Escrito por Jornalismo IFSC | Categoria: Câmpus Florianópolis, MatériasO IFSC vai receber um laboratório remoto para a área de eletrônica a partir de um novo projeto de cooperação internacional: o Visir +, uma parceria com a União Europeia. O laboratório remoto Visir (Virtual Instruments Systems In Reality) será destinado a atividades de ensino, bem como possibilitará a criação de cursos e disciplinas a distância.
Com o projeto, o IFSC vai receber recursos, no valor aproximado de 39 mil euros, para aquisição e instalação do equipamento, treinamento e para passagens e diárias das equipes pelo período de dois anos.
A parceria com a União Europeia surgiu a partir de convite do Instituto Politécnico do Porto, de Portugal, parceiro do IFSC no Propicie e no Projeto Elecom. O Projeto Visir+ está inserido na temática KA2 (Cooperação para inovação e intercâmbio de boas práticas – Capacidade no Domínio da Educação Superior) do programa Erasmus+, da União Europeia para a Educação, a Formação, a Juventude e o Desporto. Participam do projeto 10 instituições de ensino superior de seis países: Argentina, Áustria, Brasil, Espanha, Portugal e Suécia.
Segundo o coordenador do Projeto Visir+ no IFSC, professor Luis Carlos Martinhago Schlichting, do Câmpus Florianópolis, a previsão é de que o equipamento seja instalado até abril de 2016. Inicialmente voltado para o ensino de eletrônica, o projeto tem potencial para atingir outras áreas de conhecimento. Os laboratórios remotos poderão ser utilizados tanto para cursos 100% a distância ou presenciais, como mais uma ferramenta no processo de ensino e aprendizagem.
O professor explica que o laboratório pode ser usado em cursos de diversos níveis e áreas do conhecimento, como cursos de graduação, técnicos, extensão, formação inicial e continuada, entre outros. Os alunos realizam os experimentos via internet, de qualquer lugar e em qualquer horário, não necessitando ir até o IFSC.
Schlichting desenvolveu projetos de pesquisa e extensão, usando os laboratórios remotos do Instituto Politécnico do Porto, de Portugal, e do Blekinge Institute of Technology (BTH), da Suécia, além de diversas aplicações em suas aulas. Em um dos projetos de pesquisa, foi estudada a viabilidade de implantação dos laboratórios remotos no IFSC, projeto que serviu de base para a provação do Visir+. “Vamos submeter novos projetos para então podermos trazer alunos que devolverão atividades de pesquisa e extensão em laboratórios remotos”, destaca.
Treinamento na Suécia
O professor da área de Eletrônica do Câmpus Florianópolis Golberi de Salvador Ferreira e o técnico em assuntos educacionais Daniel Dezan de Bona participaram do lançamento do projeto na cidade de Karlskrona, na Suécia, de 1º a 3 de fevereiro. O evento, realizado no Blekinge Institute of Technology (BTH), contou com palestras, apresentação de parceiros e treinamento. Nos dias seguintes, os dois realizaram visitas a laboratórios dos parceiros europeus.
Segundo Golberi, além da verba para a montagem de um laboratório remoto na área elétrica e a mobilidade acadêmica dos pesquisadores envolvidos, a aplicação desta metodologia deve abrir novos horizontes para a oferta de cursos tecnológicos a distância, bem como a utilização dos 20% permitidos nesta modalidade para cursos presenciais reconhecidos pelo Ministério da Educação (MEC).
Os benefícios para os estudantes serão diversos, de acordo com o professor. “A natureza de cada experimento tem impacto na percepção do estudante quanto ao comportamento de circuitos, sendo, portanto, obrigatório entender como esses diferentes meios de aprendizado podem ser agrupados para alavancar seu entendimento e aumentar suas habilidades laboratoriais”, completa.