Oficina apresenta cosmovisão africana sobre a origem do universo

6. maio 2016 | Escrito por | Categoria: Câmpus Gaspar, Eventos, Matérias

A ideia de que Deus criou o mundo em sete dias e a teoria do Big Bang, de que tudo teria sido criado a partir de uma explosão, costumam ser as versões mais conhecidas no Brasil de como o mundo foi criado, mas elas não são as únicas. Segundo a matriz africana iorubá, Obatalá teria criado o mundo em quatro dias e ele teria falhado durante esse processo.

A história ainda pouco conhecida entre os brasileiros foi contada na segunda-feira (2) na oficina “A criação do universo” do projeto de extensão “Educando para a diversidade”, que busca trabalhar a temática africana e afrobrasileira com alunos do Câmpus Gaspar e de escolas do município.

“A proposta é trabalhar a cosmovisão africana, ou seja, pensar na origem do universo a partir da perspectiva africana. A história de Obatalá é muito importante para trabalhar com os jovens porque discute a questão do erro e a falta de comprometimento, já que Obatalá ao invés de se dedicar à criação do universo consumiu o vinho de palma em excesso e dormiu”, explica Roosevelt Ofarinde, responsável pela oficina.

Rosevelt faz parte do Núcleo de Estudos Afrobrasileiros e Indígenas (Neabi) do Câmpus Gaspar como membro da comunidade externa e é um dos organizadores das atividades do projeto “Educando para a diversidade”. “O Neabi é muito importante porque é um dos únicos núcleos no Alto e Médio Vale do Itajaí que de fato trabalha efetivamente para implementar o ensino e a cultura africana e afrobrasileira no ensino regular, o que estabelece a lei nº 10.639/03.”

Além de apresentar a cosmovisão iorubá, o projeto irá promover exibição de filmes sobre a temática e oficinas de percussão e de capoeira. A próxima atividade está marcada para o dia 17 de maio quando haverá exibição de filmes sobre consciência, identidade negra e a diáspora africana das 13h30 às 16h na sala de videoconferência.

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