Durante os meses de fevereiro, março e abril, o Câmpus Chapecó ofereceu o curso em Inserção Cultural e Profissional de Imigrantes e Refugiadas. Ao todo, 16 haitianas participaram do curso de Formação Inicial e Continuada (FIC) que pertence ao Programa de Extensão Mulheres Sim. Todas são mulheres ou meninas acima de 15 anos, que assistiram aulas de Língua Portuguesa para Estrangeiras, Cultura Brasileira, Direitos e Saúde da Mulher e Geração de Renda.

Para Anne Lucie Rerisson, que chegou ao Brasil há seis meses, o curso a ajudou principalmente a falar melhor português. “No Haiti eu estudei Administração, mas estava sem emprego e sozinha. Por isso decidi vir ao Brasil. Desde que cheguei, esta foi a primeira oportunidade que tive para estudar”, conta.

O curso oferecido pelo IFSC, segundo Anne Lucie, também ajudou ela e as outras imigrantes a conhecerem as leis brasileiras e a pensar em alternativas de renda. “Em algumas aulas aprendemos sobre tecidos. Gostei muito, pois era algo que eu não conhecia e várias roupas são diferentes do Haiti. É uma alternativa agora”.

O coordenador do Programa Mulheres Sim no câmpus, Guilherme Koerich, afirma que a ideia surgiu em razão da necessidade de atendimento a mulheres e meninas imigrantes e refugiadas que vêm chegando a Santa Catarina no último ano. Na disciplina Geração de Renda, por exemplo, o foco foi voltado ao resgate cultural da moda haitiana. “É uma opção de fonte de geração de renda e serve para despertar o espírito empreendedor delas”, afirma Koerich.

As imigrantes ainda tiveram oficinas de saúde bucal, moda, tingimento de tecidos, desenvolvimento da marca, desfile, e por último participaram de uma oficina de fotografia.

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