Projeto promove oficinas sobre cultura africana e afrobrasileira
27. maio 2016 | Escrito por Jornalismo IFSC | Categoria: Câmpus Gaspar, MatériasA cada oficina do projeto de extensão “Educando para a diversidade” alunos do Câmpus Gaspar e da escola de Educação Básica Arnoldo Agenor Zimmermman conhecem um pouco mais da África e entendem melhor a história do Brasil. Em seis oficinas, o projeto busca colocar em prática a lei nº 10.639 de 2003 que torna obrigatório o ensino da história e da cultura afro-brasileira e africana nas escolas. “Nossa proposta é reconceituar o que é a África. Muitas vezes, a imagem do continente está associada à fome ou mesmo à falta de recursos, mas nós queremos mostrar outros aspectos da cultura africana. Ao mesmo tempo queremos que os alunos reconheçam a África através do Brasil e reconheçam a sua afrodescendência”, explica Roosevelt Barbosa, integrante do Núcleo de Estudos Afrobrasileiros e Indígenas (Neabi) do Câmpus Gaspar.
Já foram realizadas oficinas sobre a cosmologia africana, exibição de filmes sobre a diáspora africana e uma aula introdutória sobre capoeira Angola. “As oficinas têm me mostrado um mundo que eu não conhecia. A imagem que eu tinha da África era só de coisas tristes, agora eu tenho uma outra visão. Gostei muito de conhecer a cosmologia africana e fazer a aula de capoeira. Lembrei da época em que eu praticava ainda criança”, explica Mateus Uller, aluno do curso técnico integrado em Química.
Na oficina de capoeira, além dos movimentos, os alunos aprenderam um pouco mais sobre os instrumentos utilizados na prática. O berimbau, por exemplo, é um instrumento afrobrasileiro que foi criado a partir do arco de boca que era utilizado na África para se comunicar com os ancestrais e no Brasil ele foi adaptado. Inseriu-se uma cabaça, material bastante utilizado pelos índios. “Eu gostei muito da aula de capoeira, eu já conhecia alguns movimentos porque fazia aula na escola. Mas o que mais me chamou atenção até agora foi ver na sessão de cinema os filmes que falam sobre o sofrimento dos escravos”, explica Gilmar de Souza Júnior da Escola de Educação Básica Arnoldo Agenor Zimmermann.
A próxima atividade do projeto está programada para o dia 9 de junho quando será realizada uma oficina de instrumentos de percussão e de capoeira Angola das 13h30 às 16h na quadra do Câmpus Gaspar. A atividade é aberta ao público, mas para participar é preciso fazer inscrição na coordenação pedagógica do Câmpus.