Câmpus Palhoça Bilíngue celebrou o dia mundial do Meio Ambiente com programação variada
8. junho 2016 | Escrito por Jornalismo IFSC | Categoria: Câmpus Palhoça Bilíngue, Eventos, MatériasEm comemoração ao dia mundial do Meio Ambiente, instituído em 5 de junho, o Câmpus Palhoça Bilíngue preparou um programa bastante interativo que incluiu oficinas de temas diversos, jogos e atividades culturais nos dias 3 e 4 de junho, envolvendo servidores e alunos dos cursos técnicos e de graduação do câmpus.
A programação iniciou na última sexta (3), com a oficina de Customização de Roupas, ministrada pelas servidoras Débora de Souza e Paula Ramos. O objetivo da atividade foi estimular a criatividade e a percepção dos alunos em relação ao reaproveitamento de roupas que por ventura seriam descartadas, aumentando assim o tempo de vida útil e a atratividade das peças, uma vez que passam a ser personalizadas. “Essa é uma alternativa de baixo impacto ambiental e custo, pois as roupas se renovam a partir da customização. Nada se perde, tudo se transforma”, afirmou Paula.
A outra atividade da tarde de sexta foi apelidada de Banco Imobiliário Sustentável, uma releitura do já tradicional jogo. O ‘Ecobanco’ propõe a revisão de alguns conceitos da sociedade atual, trazendo para reflexão questões como a sustentabilidade, o cooperativismo, o reaproveitamento de materiais, a geração de energia limpa etc. “É um jogo em que o participante não ganha nem perde, pois esse é o ideal de uma sociedade consciente e igualitária. A moeda é crédito de carbono”, explicou a professora de geografia, Edimara Rupolo, uma das idealizadoras do trabalho. As atividades aconteceram no hall do câmpus e foram embaladas por sarau organizado pelo Grêmio Estudantil da Instituição.
A manhã de sábado (4) foi aberta com a intervenção cênica do grupo teatral Boca de Siri, um projeto de extensão do IFSC Florianópolis, coordenado pelos professores Alex de Souza e Tânia Meyer. A apresentação foi uma adaptação do espetáculo ‘Tá na cara, tá na rua’, e contou com sete atores mascarados. “A máscara limita a voz e a expressão, destacando os movimentos do corpo. A intervenção procurou elucidar aspectos como a disputa pelo poder, a individualidade, a necessidade de pensar no coletivo e outras situações diretamente ligadas ao meio ambiente”, destacou Alex, que dirigiu o grupo.
Em seguida, os estudantes tiveram a oportunidade de participar de mais quatro oficinas diferentes. A oficina de Origami e Furoshiki, oferecida pelos servidores Daniela Saito, Edimara Rupolo, Paula Ramos, Samanta Freitas e Wharlley dos Santos, buscou evidenciar valores da cultura oriental, como o senso de coletividade, o respeito ao meio ambiente e o reaproveitamento de materiais. O origami é a arte secular japonesa feita de papeis coloridos, a partir de dobraduras geométricas, sem colar ou cortar, os quais representam seres ou objetos. Já o furoshiki é uma técnica de embrulho japonês, feito de tecido, como lenços e gangas, por exemplo. É muito utilizado para embalar presentes, transportar objetos como garrafas, livros, roupas, entre outros.
A consciência ambiental foi levada também para as animações na oficina de Produção de Stopmotion, conduzida pelos professores de desenho e animação, David Pereira Neto e Daniela Almeida Moreira, que trabalharam os cinco P’s da agenda 2030: pessoas, planeta, prosperidade, paz e parcerias, propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU) em seu programa para o desenvolvimento (PNUD). A ideia parece ter agrado aos alunos. “A oficina foi muito produtiva, pois esse tipo de iniciativa complementa o que é visto em sala de aula, além de que a animação é um ótimo recurso para trabalhar a conscientização em relação ao meio ambiente, pois ela é muito atrativa”, declarou o estudante do curso superior de Tecnologia em Produção Multimídia, Claudio Neves Santos.
Uma das receitas de sabão caseiro, elaboradas na oficina de Produção de Sabão Ecológico, ministrada pela professora de química, Karina Zaia Machado Raizer, contou com ingredientes como soda cáustica, óleo de cozinha e água. Essa formulação se mostra tão eficiente na remoção de gorduras quanto àquela que leva álcool. Além do sabão em barra, foi feito ainda o líquido. “Com 1 kg de soda é possível fazer aproximadamente 20 litros de sabão líquido, que pode ser utilizado para a limpeza pesada. Ambas as alternativas se apresentam como opções de baixo custo”, comentou a professora. A oficina já foi realizada em outros momentos no câmpus e os alunos têm aderido à proposta. “Eu acho a ideia genial, é a segunda vez que participo. É muito importante porque geralmente as pessoas costumam descartar o óleo de forma inadequada no meio ambiente”, confidenciou a estudante Laelia Alves, que disse já ter adotado o hábito de guardar o óleo para esse fim em sua casa.
Para finalizar a programação, as professoras Adriana Somacal, Ana Paula Jung e Elusa Oliveira, organizaram uma intervenção artística, inspirada no flash mob, uma ação que se dá por meio da aglomeração de pessoas, de forma inesperada e inusitada. Elas se juntam e se dispersam rapidamente, geralmente, dançando e cantando. As músicas que embalaram os mais de 40 alunos do curso técnico de Comunicação Visual foram ‘Terra’ (Caetano Veloso), ‘O que sobrou do céu’ (Rappa) e ‘Ai, Ai, Ai’ (Vanessa da Mata). A coreografia foi elaborada junto com os alunos e se utilizou de elementos de jogos cênicos, combinações de movimentos, ritmos e expressividade, aliados a algumas práticas de dança criativa, levando em conta o estágio evolutivo do ser humano e sua relação com o meio ambiente.
Após as atividades de sábado os alunos ajudaram a organizar e limpar os ambientes utilizados.