Estudantes de Vestuário do Câmpus Jaraguá do Sul apresentam o resultado de pesquisas
28. julho 2016 | Escrito por Jornalismo IFSC | Categoria: Câmpus Jaraguá do Sul-Centro, MatériasOs 14 estudantes que estão concluindo o curso técnico em Vestuário no Câmpus Jaraguá do Sul do IFSC apresentaram, neste mês, o resultado das pesquisas desenvolvidas durante seus trabalhos de conclusão de curso (TCC). As investigações exploraram a origem e as características ligadas a diversos tipos de indumentárias (roupas), como os trajes típicos alemães, os ternos, a baiana e as noivas. Esta foi a primeira vez que uma pesquisa substituiu a elaboração de um plano de negócio pelos formandos do curso, tanto na modalidade subsequente quanto para os alunos da Educação de Jovens e Adultos (Proeja).
Entre os trabalhos apresentados estava o dos estudantes Samuel Souza da Silva e Jucélia Soares Lazzaris, intitulado “Sagrada é a arte de vestir-se: evidenciando fé e cultura na indumentária de baiana”. Durante a investigação, os alunos analisaram a influência da cultura africana sobre o Brasil, inclusive no vestuário. “Foi uma dádiva poder investigar esse tema, pois nós, negros, somos uma parcela tão grande da população e, no entanto, muito pouco se fala ou se pesquisa sobre a nossa cultura”, destaca Samuel.
Outro trabalho que chamou a atenção foi o desenvolvido pelos estudantes do curso técnico em Vestuário na modalidade Proeja, chamado “Terno: histórico e preferência do público masculino”. Elaborado pelos alunos Izoldi Fischer e Carlos Peiter, a investigação focou o uso e as características do terno como parte integrante do guarda-roupa dos homens e foi motivada pelo interesse e pela curiosidade da dupla. “Eu sei um pouco de costura e me interessei bastante pelo terno porque é uma peça bastante diferente. Tivemos que ir atrás de muitas informações, inclusive com um alfaiate da cidade, e gostei muito de aprender”, conta Izoldi.
Segundo a professora responsável pela disciplina em que os estudantes desenvolveram seus TCCs, Vera Lúcia Oliveira de Aguiar, a experiência de substituir o plano de negócio pela realização de uma investigação científica foi positiva. “Todos os alunos envolvidos chegaram ao final da disciplina com a pesquisa realizada, um artigo científico produzido e o seu espírito investigativo despertado”, afirma.
O processo de definição dos temas de pesquisa, investigação, conclusão e apresentação dos trabalhos teve duração total de três meses. “Foi um tempo bastante curto. Para desenvolver os TCCs com qualidade, os alunos tiveram orientação de professores e participaram inclusive de uma palestra sobre como funciona a metodologia científica”, explica Vera.
Para o coordenador do curso, Éderson Stiegelmaier, o novo formato de TCC permite também que os estudantes tenham maior proximidade com o tema de seu interesse. “Sem fugir da área do Vestuário, é possível desenvolver inúmeras investigações relacionadas à formação do curso técnico e, ao mesmo tempo, preparar os alunos para serem profissionais com capacidade de identificar e buscar soluções para os problemas que serão vivenciados no trabalho”, conta.
Clique aqui e veja fotos das apresentações dos estudantes.
Confira, a seguir, a lista dos trabalhos apresentados pelos estudantes do curso técnico em Vestuário – modalidades subsequente e Proeja:
Sagrada é a arte de vestir-se: evidenciando fé e cultura na indumentária de baiana
Estudantes: Samuel Souza da Silva e Jucélia Soares Lazzaris
Boneca de Luxo
Estudante: Larissa Mendes de Almeida
Traje típico alemão: origem, trajetória e atualidade na região de Santa Catarina
Estudantes: Rosane Ferreira da Cruz e Selma Araújo da Silva
Terno: histórico e preferência do público masculino
Estudantes: Izoldi Fischer e Carlos E. Peiter
O jeans que veste gerações
Estudantes: Jaquilene Melo da Silva do Carmo e Juliano Guesser
A história do traje de banho feminino brasileiro
Estudantes: Aeriana Maria de Souza e Edineuza Maria da Cunha Melo
Alinhavos da memória: vestido de noiva de Iraci
Estudante: Sílvia Sampaio
O surgimento e a evolução do vestido de noiva
Estudantes: Catrine Aparecida Boing e Sheila Jungbeck
Por Daniel Augustin Pereira | Jornalista IFSC