Estudantes e professores do IFSC participam de etapa estadual da Olimpíada Brasileira de Robótica
12. agosto 2016 | Escrito por Jornalismo IFSC | Categoria: Câmpus Araranguá, Câmpus Criciúma, Câmpus Florianópolis, Câmpus Gaspar, Câmpus Joinville, Eventos, MatériasEstudantes e professores do IFSC participam no sábado (13) da etapa estadual da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR), no complexo esportivo da Universidade Regional de Blumenau (Furb). Estão inscritas equipes dos câmpus Araranguá, Criciúma, Florianópolis, Gaspar e Joinville.
A OBR é uma das olimpíadas científicas brasileiras apoiadas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para estimular os jovens às carreiras científico-tecnológicas, identificar talentos e promover debates e atualizações no processo de ensino-aprendizagem brasileiro. Participam alunos de qualquer escola pública ou privada do ensino fundamental, médio ou técnico de todo o País. Utilizando kits de robótica da Lego, eles têm o desafio de montar e programar robôs autônomos, com motores e sensores que o permitam percorrer um trajeto, desviar obstáculos e resgatar “vítimas” numa catástrofe simulada.
Professor do Câmpus Criciúma, Adílson Jair Cardoso é o coordenador catarinense da OBR. “É uma atividade fantástica para o desenvolvimento dos alunos, que são desafiados a trabalhar dentro de um limite de tempo e de materiais para desenvolver os robôs autônomos”, afirma.
Os atuais campeões da fase estadual da OBR são estudantes do Câmpus Criciúma e vão defender o título. “É sempre uma pressão a mais, porque as pessoas sempre lembram que ganhamos ano passado”, diz Maxsuel Cruz Teixeira, aluno do terceiro ano que, ao lado do colega Gustavo Niero, formou a equipe Tromb, vencedora em 2015. Da experiência na final nacional da Olimpíada, eles trouxeram o aprendizado com outras equipes, que permitiram a eles conhecerem outras técnicas de programação. “A maior dificuldade é fazer um robô autônomo, como se fosse uma pessoa. É mais tempo com estudos do que com a prática mesmo”, relata.
Participar da OBR exige muito treino. Nos últimos quatro meses, os alunos do curso técnico em Mecatrônica do Câmpus Criciúma estiveram envolvidos em uma rotina de fazer inveja a atletas olímpicos de destaque, como o corredor jamaicano Usain Bolt e o nadador americano Michael Phelps. A etapa final deste treinamento pesado foi realizada em 3 de agosto.
Divididos em equipes, os alunos colocaram seus robôs, desenvolvidos ao longo do primeiro semestre, para percorrer as pistas semelhantes às que encontrarão na Olimpíada de Robótica. Foi a segunda etapa de uma seletiva interna realizada pelo Câmpus Criciúma. Além de selecionar os melhores times, a atividade tem o objetivo de corrigir eventuais erros na programação e na estrutura das máquinas.
Estudantes do primeiro ano, Maiara Aguiar da Costa e Cristiane Maragno aprenderam em pouco tempo, pesquisando por conta própria, a programar o seu robô na linguagem C, que exige que o programador digite os comandos linha por linha. “Quando começamos, não tínhamos noção do que era essa linguagem, mas pesquisamos na internet e aprendemos muito”, conta Maiara.
Organizador da seletiva, o professor Guilherme Schmidt relata que os alunos estão há quase quatro meses trabalhando nos robôs. Muitos deles estiveram diariamente no câmpus no período de férias. “É uma atividade que exercita a lógica, a capacidade de resolver problemas e pensar na frente, como num jogo de xadrez. Esforço, comprometimento, não desistir no primeiro obstáculo e saber perder. São coisas que o aluno não aprende em sala de aula. É um ganho importante para a vida deles”, afirma. O professor ressalta que alunos de qualquer curso podem participar da Olimpíada de Robótica. “Basta ter vontade e um bom raciocínio lógico. O resto é aprendido”, diz.
Joinville estreia na OBR
Coordenados pelo professor Rafael Gomes Faust, que trabalhou dois anos na organização da competição no Câmpus Criciúma, os alunos Gabriel Janetzky Pensky, Marco Aurelio Nespolo Vomstein e Marcos Vinicius Gandra de Souza, do 8º módulo do curso técnico integrado em Eletroeletrônica, assumiram o compromisso de promover a estreia do Câmpus Joinville na modalidade prática da OBR. Nos anos anteriores, o câmpus participou apenas da modalidade teórica da olimpíada, sempre com bons resultados.
A equipe Fritz, que escolheu o nome em homenagem à colonização alemã e a um folclórico jacaré conhecido pelos joinvilenses por viver no Rio Cachoeira, que corta a cidade, está se preparando para a prova desde abril, quando deu início às pesquisas para construção do robô. “Usamos o kit de robô da Lego para construir o robô. Para os sensores, comandos e programação, usamos a plataforma Arduino”, explica Marcos Vinicius, otimista com os resultados conseguidos nos treinos. A expectativa agora é completar o circuito na prova oficial, em que o robô terá que ser ágil, atravessar falhas na linha, desviar obstáculos, subir rampas e transportar objetos. “O importante é cumprir todas as etapas da competição.”
Alunos de Informática representam o Câmpus Gaspar
No Câmpus Gaspar, os participantes são alunos do curso técnico integrado em Informática que irão competir utilizando os kits de robô da Lego. “No ano passado, nós tivemos duas equipes que representaram o Câmpus na etapa estadual, uma conquistou o terceiro e a outra o quinto lugar na competição. Nesta edição, as equipes estão muito mais preparadas”, afirma o professor Saulo Vargas.
Desde o começo do ano, as equipes estão trabalhando para montar e programar os robôs. Eles têm como desafio fazer com que o robô reconheça, de forma autônoma, uma série de cores e obstáculos de uma pista e que faça o resgate de uma vítima, que costuma ser representada por uma bola. “Nós estamos no começo do curso técnico em Informática e estamos aprendendo muito com a programação do robô para a Olimpíada”, avalia Ana Júlia Volpi.
A equipe Rocket, formada pelos alunos Ricardo Vargas, Suyane Arenhartt, Rayssa Reinert e Matheus da Silva, ficou com a medalha de bronze na competição estadual de 2015. “O ano passado, nós não conseguimos montar a garra do robô, mas, mesmo assim, conseguimos pontuar bastante. Para esta edição, já está garantida a garra do robô, só ainda não tivemos tempo de testá-la”, explica Suyane Arenhartt.
A equipe também intensificou os estudos de lógica para melhorar a programação do robô. “Eu vejo que as aulas de Filosofia estão nos ajudando bastante. Precisamos aplicar os conceitos da tabela verdade em que se utiliza proposições para se estabelecer se algo é verdadeiro ou falso e esses conceitos nós precisamos aplicar nos sensores de cores para que o robô identifique qual ação ele precisa tomar quando identifica uma cor”, explica o aluno Ricardo Vargas.
A equipe Hades, formada pelos alunos Luiz Fernando, Gabriel Eduardo e Elton Lemos, tem trabalhado bastante na programação do robô. “Para se preparar para a competição, nós tivemos que estudar mais robótica que seria um assunto que nós só teríamos em uma aula introdutória sobre o tema”, explica Luiz Fernando.
Para saber mais sobre a OBR, visite o site www.obr.org.br. Sobre a etapa estadual, as informações estão no link www.obr.org.br/?page_id=944.
Equipes do IFSC inscritas na estapa estadual da OBR
Akatsuki (Gaspar)
Atlas (Criciúma)
BlocoBuilders (Florianópolis)
Chronos (Joinville)
Destroyer (Criciúma)
Extreme (Gaspar)
Fritz (Joinville)
GB2R (Criciúma)
Hades (Gaspar)
IFELetrics (Araranguá)
IFEletronics (Araranguá)
IFMechanics (Araranguá)
IFStorm (Araranguá)
Jola Champions Team (Criciúma)
Megatron (Criciúma)
Rocket (Gaspar)
Scorpion (Criciúma)
Tromb (Criciúma)
UGT – Ultimate Gambiarra Team (Criciúma)
Ziegel (Criciúma)
Por Coordenadoria de Jornalismo IFSC, Beatrice Gonçalves (Jornalista IFSC – informações de Gaspar), Daniel Cassol (Jornalista IFSC – informações de Criciúma) e Liane Dani (Jornalista IFSC – informações de Joinville)