Startup nascida no Câmpus Criciúma busca apoio para produzir sistema de economia em ar-condicionado

6. outubro 2016 | Escrito por | Categoria: Câmpus Criciúma, Matérias

Uma ideia nascida no Câmpus Criciúma do Instituto Federal Santa Catarina (IFSC) está pronta para sair do papel e virar negócio. Para isso, seus idealizadores lançaram uma campanha de financiamento coletivo (clique aqui para conhecer). A ideia é produzir comercialmente um sistema eletrônico automatizado para controle dos aparelhos de ar-condicionado, reduzindo custos com energia e otimizando o conforto térmico em empresas, residências e instituições.

O projeto nasceu de uma pesquisa desenvolvida no IFSC pelo professor Adilson Jair Cardoso e pelos alunos Felipe Bez Fontana, Gabriel Gaspar Andrade e Giovanni Berti, do curso técnico em Mecatrônica. Durante dois anos, eles pesquisaram e desenvolveram um sistema que permite ao usuário controlar, remotamente, os aparelhos de ar-condicionado de uma edificação.

“Criamos um dispositivo eletrônico que controla os aparelhos de ar-condicionado com vistas ao conforto térmico, bem-estar de trabalhadores e economia de energia, o que favorece a sustentabilidade. Em nossas pesquisas, verificamos que a economia de energia pode ser de até 20% em determinados casos”, explica o professor Adilson.

O aparelho, de tamanho reduzido, fácil instalação e gerenciado via internet, permite entre outras funcionalidades a programação de limites mínimos e máximos da temperatura, de acordo com os padrões adequados para a localidade. Dessa forma, faz com que o aparelho funcione com o mínimo consumo de energia possível. Além disso, o usuário pode programar os dias e horários para ligar e desligar o ar-condicionado. Num escritório, por exemplo, os aparelhos poderiam ser ligados minutos antes da chegada dos funcionários, alcançando a temperatura ideal, e serem desligados minutos antes da saída dos funcionários.

Quando o resultado da pesquisa foi divulgado, no final de 2015, a repercussão foi tão grande que os pesquisadores foram procurados por empresas, instituições e potenciais investidores. O caminho natural foi criar uma startup: a EcoAr, formada por Adilson e Felipe, que continua seus estudos no IFSC, agora no curso de Engenharia Mecatrônica. Desde março deste ano, a empresa está vinculada à incubadora InSite, de Criciúma, acertando os ponteiros para a busca de investidores.

“Depois da divulgação, fomos procurados por empresas e investidores de várias partes do Brasil. Esse interesse nos levou a planejar o desenvolvimento do sistema para comercialização”, afirma o professor.

No último dia 20, a EcoAr lançou uma campanha de arrecadação de recursos no site Benfeitoria, plataforma de financiamento coletivo para projetos de impacto cultural, social, econômico e ambiental. A ideia é aproveitar a campanha para divulgar o produto aos futuros clientes: a partir de determinado valor, os usuários terão preferência na compra e serão avaliadores do sistema.

A meta mínima da campanha prevê a arrecadação de 20 mil reais, recurso que será utilizado na fabricação de peças, em melhorias no software e em ações de marketing e divulgação. Se a campanha chegar a 45 mil reais, maior meta estabelecida, a EcoAr vai, também, buscar a certificação do sistema junto à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Por Daniel Cassol | Jornalista IFSC

 

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