Câmpus Araranguá cria grupo de pesquisa em acessibilidade e Tecnologia Assistiva
7. outubro 2016 | Escrito por Jornalismo IFSC | Categoria: Câmpus Araranguá, MatériasTecnologias Assistivas são recursos e serviços que visam a ampliar as habilidades e facilitar o desenvolvimento de atividades diárias por pessoas com deficiência. O termo é relativamente novo, mas demanda muitos desafios, principalmente na educação. Diante disso, um grupo de pesquisa recentemente criado pelo Câmpus Araranguá do IFSC vem realizando um trabalho de formação de professores e desenvolvendo materiais que possam ser replicados pelas escolas.
O Grupo de Pesquisa em Acessibilidade e Tecnologias Assistivas é liderado pela professora Mirtes Lia, diretora-geral do Câmpus. A primeira atividade foi um trabalho de formação em tecnologias assistivas com 20 professores da Escola Estadual Apolônio Ireno Cardoso, de Arroio do Silva. Durante nove encontros, foram realizadas oficinas sobre recursos de tecnologia assistiva economicamente acessíveis, como órteses para escrita e softwares para comunicação alternativa de pessoas que não possuem a fala oralizada, mas podem se comunicar através de programas de computador.
Agora, o grupo está iniciando outro etapa do projeto, que envolve a pesquisa e o desenvolvimento de brinquedos acessíveis economicamente viáveis. Para isso, os pesquisadores pedem a doação de brinquedos, já sem uso por seus donos, para o desenvolvimento de protótipos de brinquedos acessíveis a crianças com deficiência.
“Estamos pesquisando a adaptação de brinquedos para crianças com algum tipo de deficiência motora. Que não consigam, por exemplo, pegar um brinquedo com a mão. A ideia é recolher brinquedos que estejam sem uso para que possamos criar os protótipos. Funcionando, esses brinquedos serão doados a crianças com necessidades especiais”, afirma Ivani Cristina Voos, professora de Língua Brasileira de Sinais (Libras) do Câmpus Araranguá.
“Hoje, os brinquedos disponíveis no mercado não são acessíveis para uma criança que tem movimentos limitados pela deficiência motora. Há muitos limitantes para brincar. Nossa ideia é tornar estes brinquedos acessíveis”, explica a professora.
Para servirem à pesquisa, os brinquedos devem funcionar com pilhas e possuir um botão de ligar/desligar. Eles podem ser doados junto aos integrantes do Núcleo de Apoio às Pessoas com Necessidades Específicas (Napne) do Câmpus Araranguá.
Daniel Cassol | Jornalista IFSC