Conheça os finalistas do Prêmio IFSC de Inovação
15. setembro 2017 | Escrito por Jornalismo IFSC | Categoria: Gestão, MatériasNa última reunião do Colégio de Dirigentes (Codir), realizada no dia 4 de setembro durante o Seminário de Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação e Inovação (Sepei), os cinco classificados na etapa de avaliação técnica do Prêmio IFSC de Inovação nas categorias gestão e sala de aula apresentaram seu projetos para dirigentes e alunos da instituição. Os três melhores de cada categorias foram divulgados e o resultado dos vencedores sairá no próximo dia 25, durante as comemorações do aniversário do IFSC.
Para o membro da Comissão Organizadora do Prêmio Érico Madruga, prêmio visa multiplicar as boas práticas do IFSC. “Além da premiação a publicização dessas práticas, o Prêmio IFSC de Inovação tenta promover uma integração entre os servidores. São pequenas ideias, mudanças simples que trazem um grande resultado”, completa.
Foram 144 projetos inscritos, de diversos câmpus. 101 se classificaram após a triagem de conformidade, em critérios como ineditismo, resultado, impacto, parcerias, participação de beneficiários, grau de replicabilidade e sustentabilidade.
Conheça os finalistas
Gestão:
Os servidores Giovana Perine e Bernardo Gomes, lotados na Diretoria de Comunicação, inscreveram o projeto “Novo processo de gestão jornalística da IFSCTV: capacitação dos comunicadores dos câmpus e reformulação da linguagem visual como forma de ampliar o compartilhamento de conhecimentos”.
Após analisar os dados estatísticos do público da TV, os servidores perceberam que o audiência era majoritariamente jovem e que 80% das visualizações de vídeos eram provenientes de dispositivos móveis. “Isso fez com que a TV adaptasse seu formato e sua linguagem para atender esse público, adequando sua gestão a outros veículos com finalidade semelhante”, comenta Giovana.
Isso gerou um aumento considerável no número de inscritos no canal da IFSCTV no Youtube, triplicando seu número entre os anos de 2016 e 2017.
O projeto “Desenvolvimento e implantação do sistema informatizado PAEVS e IVS, dos servidores Solange Finger e Andrey Carmisini, da Reitoria, foi desenvolvido para atender a necessidade de gerenciar o Índice de Vulnerabilidade Social (IVS) e a concessão de auxílios financeiros do PAEVS.
“Os processos eram praticamente todos manuais (solicitação do estudante, análise do IVS, divulgação do IVS, o processamento das chamadas de concessão do PAEVS, os resultados e as planilhas de controle financeiro). Eram dezenas de planilhas em cada campus, mensalmente. Controle e manutenção dos auxílios era muito complexo e suscetível a erros”, explica Solange.
Por meio de uma parceria entre as diretorias de Assuntos Estudantis e de Tecnologia da Informação e Comunicação, foi elaborado um sistema de gerenciamento dessas informações, desenvolvido com a linguagem já utilizada no Sistema Integrado de Gestão (SIG).
“Os impactos foram positivos no trabalho dos servidores envolvidos e para o estudante, resultando em eficiência, eficácia, efetividade e transparência dos processos. Hoje, atendemos aproximadamente 3 mil alunos por mês, gerenciando o IVS e os auxílios concedidos”, completa.
Em mais uma parceria entre as duas diretorias (DTIC e DAE), o projeto “Sistema de gerenciamento dos segurados do IFSC”, dos servidores Taira Skerker e Andrey Carmisini, da Reitoria, é um trabalho inédito que envolveu todos os 22 câmpus da instituição. Em 2016, quando a DAE assumiu a responsabilidade pela Fiscalização do Contrato de Seguro para Estagiários, Bolsistas de Pesquisa e Extensão, Monitores e Voluntários de Projetos do IFSC, identificou-se a necessidade de aprimorar o processo de gerenciamento da apólice vigente. As atualizações eram realizadas semanalmente, através de planilha em formato excel enviada por todos e encaminhadas por email.
“Mensalmente, ao enviar a planilha Massa Cheia à Seguradora, identificavam-se inúmeras incorreções originadas pelo processo demasiadamente manual e obsoleto, as quais impossibilitavam a inclusão do segurado na apólice. Cabe destacar que o seguro é uma Previsão Legal e um único dígito equivocado no CPF, por exemplo, já rejeitaria a inclusão”, explica Taira.
Assim, a partir da identificação da demanda iniciou-se o processo de desenvolvimento do sistema, com efetivo compartilhamento de conhecimento entre os servidores. Como resultado final, o sistema apresentou-se como uma ferramenta que, dentre outros benefícios, proporciona atualização constante dos segurados, elimina erros de identificação do segurado ao possibilitar a comunicação com sistema acadêmico vigente, promove transparência, pois todos os envolvidos, incluindo-se aqui processos de Auditoria, podem acompanhar em tempo real os segurados incluídos e excluídos, quando e por quem. “Eliminadas todas as incorreções, duplicidades, segurados antigos e esquecidos na apólice tem-se: de uma média de 1300 segurados/mês para 700 segurados/mês, ou seja, economia de 53%. Além de facilitar o trabalho, melhorando a qualidade de vida do servidor”, completa.
Sala de Aula
O projeto “Kit de tintas que mudam de cor”, dos servidores Marcel Piovezan e Ana Paula Veeck, do Câmpus Lages, tem como objetivo criar soluções mais atrativas em sala de aula para promover o ensino da química. Para isso, levou materiais de baixo custo como cápsula de café (que vão para o lixo), tinta a base de água, extrato de repolho roxo, vinagre, bicarbonato de sódio e pincel, e que pudessem ser utilizados em praticamente qualquer lugar.
“Falar que as reações acontecem conforme a mistura com determinadas substâncias e mostrar as fórmulas é uma coisa, mas mostrar ali, visualmente, é muito mais atrativo”, destaca” Ana Paula. Os coordenadores do projeto aplicaram a atividade junto com os professores de química da rede estadual de ensino de Lages em duas escolas e no Câmpus Lages do IFSC.
Ana e Marcel aplicaram um questionário entre os participantes, professores e alunos, para obter os resultados da iniciativa, que mostraram um maior envolvimento, entusiasmo, participação e trabalho colaborativo em sala de aula. “É uma alternativa sustentável, replicável e que não existe no mercado, por isso, inovadora”, completa Ana Paula. Participou do projeto a aluna Julia Kessin.
O Projeto “Material inclusivo para cegos no ensino de parasitologia e promoção à saúde”, dos servidores Marcelo Elias e Hagar Tibúrcio, do Câmpus Gaspar, foi uma alternativa encontrada para a inclusão de cegos e pessoas de baixa visão nas aulas.
“Criamos bonecos dos parasitas que ensinamos em sala, para que os alunos pudessem tocar e ter a noção de sua forma, que era apenas explicada em livros e na fala do professor”, explica Marcelo.
O terceiro finalista é projeto “Uma vivência de projeto integrador na 1ª fase do curso de Engenharia Elétrica”, dos servidores Pablo Dutra da Silva e Ivaristo Floriani, do Câmpus Jaraguá do Sul – Rau. O objetivo do projeto é colocar o estudante em contato com o trabalho da engenharia elétrica já no início do curso. “Normalmente o começo dos cursos apresenta uma carga pesada de unidades curriculares de base, mas que não apresentam uma conexão clara com o conteúdo específico de engenharia. Ao fazer esse contato logo cedo, melhoramos a permanência e o êxito dos discentes”, conta Pablo.
Para ter contato com a prática no início do curso, o professor utilizou uma estratégia que era um antigo hobby pessoal: a montagem de equipamentos eletrônicos disponibilizados em revistas. “Foi uma maneira de trazer uma materialidade que fosse específica da área de engenharia elétrica, ao mesmo tempo em que eu não precisaria cobrar de alunos de primeira fase os cálculos para que os circuitos eletrônicos fossem projetados. Os estudantes fizeram investigações, identificaram nichos de mercado e perfis de clientes e criaram produtos em torno dos circuitos oferecidos como base, sempre a partir de uma metodologia também inovadora de ‘Educação pro Projetos’ que valoriza a pesquisa como princípio educativo”, explica.
Por Coordenadoria de Jornalismo IFSC