Cultura indígena é tema de ações da Comissão para a Diversidade Social no mês de abril

24. abril 2018 | Escrito por | Categoria: Câmpus Criciúma, Eventos

A Comissão para a Diversidade Social e Direitos Humanos do Câmpus Criciúma promove mais uma atividade em seu calendário de ações para este ano. No mês de abril, a temática trabalhada pelo grupo é “Pluralidade”, com uma mostra fotográfica e uma mesa redonda que abordam povos indígenas localizados em Santa Catarina.

EXPO_INDIGENADesde o dia 12, o hall do câmpus recebe a exposição fotográfica Indígenas (Xokleng, Guarani, Kaingang), promovida pela Organização Internacional Nova Acrópole. Em mais de 40 fotografias, o visitante tem a oportunidade de conhecer a cultura de diferentes povos indígenas. A Comissão para a Diversidade Social e Direitos Humanos ainda organizou no hall o mural permanente com informações sobre o tema.

No dia 26 de abril, no auditório do Câmpus Criciúma, ocorre mais uma edição do Espaço de Partilhas: Como Viver Juntos?, com a mesa redonda Pluralidades – Cultura Kaingang. Organizada pela Comissão para a Diversidade Social, a atividade será realizada em dois horários: às 10h e às 19h, atendendo diferentes públicos do IFSC.

Participam da mesa o professor Guilherme Babo Sedlacek, do Câmpus Xanxerê do IFSC, o professor Pedro Alves de Assis, da Escola Indígena de Educação Básica Cacique Vanhkre (Terra Indígena Xapecó – Ipuaçu) e Matilde Koito (Terra Indígena Xapecó – Ipuaçu). A abertura do evento terá performance literária dos alunos do Câmpus Criciúma, participantes do projeto de extensão Laboratório de Expressão Corporal (Proex 03).

Povos Indígenas

Os índios Xokleng da Terra Indígena Ibirama em Santa Catarina se autodenominam Laklanõ e pertencem à família linguística Jê. Contabilizam uma população de 2.020 pessoas (Siasi/Sesai 2014), ocupando uma área de 20 mil hectares localizada a 100 quilômetros de Blumenau.

Os índios Kaingang contabilizam uma população de 45.620 pessoas (Siasi/Sesai 2014), divididas entre os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo. Também pertencem à família linguística Jê. Os Kaingang vivem em mais de 30 Terras Indígenas que representam uma pequena parcela de seus territórios tradicionais. Por estarem distribuídas em quatro estados, a situação das comunidades apresenta as mais variadas condições. Em todos os casos, contudo, sua estrutura social e princípios cosmológicos continuam vigorando, sempre atualizados pelas diferentes conjunturas pelas quais vêm passando.

Os índios Guarani são conhecidos por distintos nomes: Chiripá, Kainguá, Monteses, Baticola, Apyteré, Tembekuá, entre outros. No entanto, sua autodenominação é Avá, que significa, em Guarani, “pessoa”. Este povo vive em um território que compreende regiões no Brasil, Bolívia, Paraguai e Argentina e se diferencia internamente em diversos grupos muito semelhantes entre si, nos aspectos fundamentais de sua cultura e organizações sociopolíticas, porém, diferentes no modo de falar a língua guarani, de praticar sua religião e distintos no que diz respeito às tecnologias que aplicam na relação com o meio ambiente. Os grupos Guarani que hoje vivem no Brasil são: Mbya, Kaiowá e Ñandeva, totalizando 85.255 pessoas (Mapa Guarani Continental, 2016).

Por Daniel Cassol | Jornalista do IFSC, com colaboração do site pib.socioambiental.org

Tags: , , ,

Os comenários não estão permitidos.