Acesso, permanência e êxito é pauta de palestra e oficina em Canoinhas e Caçador
17. agosto 2018 | Escrito por Jornalismo IFSC | Categoria: Câmpus Araranguá, Câmpus Caçador, Câmpus Canoinhas, Câmpus Chapecó, Câmpus Criciúma, Câmpus Florianópolis, Câmpus Florianópolis-Continente, Câmpus Garopaba, Câmpus Gaspar, Câmpus Itajaí, Câmpus Jaraguá do Sul-Centro, Câmpus Jaraguá do Sul-Rau, Câmpus Joinville, Câmpus Lages, Câmpus Palhoça Bilíngue, Câmpus São Carlos, Câmpus São José, Câmpus São Lourenço do Oeste, Câmpus São Miguel do Oeste, Câmpus Tubarão, Câmpus Urupema, Campus Xanxerê, MatériasOs câmpus Canoinhas e Caçador realizaram ainda no mês de julho, respectivamente, palestra e oficina sobre a temática do acesso, permanência e êxito do educando no IFSC. A iniciativa, coordenada pela servidora da Diretoria de Ensino (Diren), Sandra Lopes Guimarães, contou com a participação de aproximadamente 100 servidores, entre docentes e técnico-administrativos.
E como resultado das oficinas foram propostas 29 atividades para enfrentamento da evasão escolar. “Minha ida aos câmpus foi a partir de convite para participar da semana pedagógica, com esta temática. A Diren ainda não tem uma agenda de trabalho com este tema, até porque o nosso Plano Estratégico de Permanência e Êxito não foi lançado oficialmente no IFSC. O que existe hoje é uma abertura e apoio da Diretoria de Ensino para refletir, desenvolver e acompanhar, junto aos câmpus, projetos e ações diferenciadas no enfrentamento da evasão escolar”, destaca Sandra.
Segundo Sandra, cada um dos Câmpus (Caçador e Canoinhas) propôs ações a partir de seu contexto, que podem servir de modelo para outros campus. “Mas não podem ser engessados no IFSC”, adverte a servidora. Para ela, o mérito das oficinas foi o trabalho coletivo e multidisciplinar de todos servidores para pensar as questões de permanência e êxito e propor ações de enfrentamento.
As oficinas foram organizadas em pequenos grupos, fazendo uso do instrumento denominado Inéditos Viáveis, que está referenciado na obra de Paulo Freire.
No Câmpus Caçador, foram elaboradas, pelo grupo de servidores presentes, seis propostas de ações para enfrentamento da evasão, em busca assim da permanência e êxito. Entre elas: atuar junto a órgãos públicos e privados para melhorias no que se refere a transporte dos estudantes até o IFSC. Estudar ofertas de curso com vista à adequação periódica ao que a comunidade necessita/deseja, valorizar os cursos técnicos em detrimento à ‘cultura do bacharelado’ e adequar os projetos pedagógicos para que os alunos se envolvam e participem mais efetivamente do dia a dia da instituição também são atitudes para mudança do quadro de permanência e êxito.
Quanto ao Câmpus Canoinhas, foram apontadas nove dificuldades e para cada uma delas, alguns pontos para amenizá-las. A primeira delas é a situação de vulnerabilidade dos estudantes, e para isso sugerem ações que aproximem a família dos discentes do IFSC, bem como projetos artísticos culturais e de uma horta comunitária. A escolha dos estudantes entre trabalho e estudo é outro obstáculo para a permanência do aluno em sala de aula. Assim, programas de assistência, que permitam a redução da carga horária dos trabalhos, flexibilização da carga horária da grade, participação em editais com bolsas e eventos que revelem aos familiares a importância da qualificação são estratégias contra esse duelo de situações.
A baixa autoestima é outro problema para o aluno, uma vez que ele não vê perspectiva de futuro social e profissional. Neste caso, palestras, seminários, projetos, parcerias que foquem nos pontos positivos da realização do curso, podem revelar um projeto de vida para ele. Identificação do docente com suas atribuições, hábitos de estudo/tempo e os espaços escolares, formação básica dos estudantes, reprodução de práticas escolares vivenciadas em outras instituições, e a falta de identificação do discente com o curso e com o hábito de estudo são também situações que dificultam a permanência e o êxito do aprendizado. Dessa forma, aumentar espaços para convivência e estudos dos alunos, estabelecer uma política institucional de apoio para identificar lacunas de conhecimentos, lincar os cursos com a possibilidade concreta de inserção no mercado de trabalho, e realizar mostra de boas práticas pedagógicas, discutindo também o projeto da instituição constituem-se em medidas a serem implementadas para mudanças efetivas.
Por Coordenadoria de Jornalismo
Foto: Eduardo Pires