SNCT também teve espaço para debates da campanha Maltratar animais é crime
29. outubro 2018 | Escrito por Jornalismo IFSC | Categoria: Campus Xanxerê, MatériasA Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), realizada de 23 a 26 de outubro no Câmpus Xanxerê, também teve espaço para debate sobre os animais. Pensando no tema da própria SNCT, “Ciência para a Redução das Desigualdades”, foi organizada uma atividade no IFSC em parceria com o Grupo Bem Estar Animal. A ação também deu sequência à campanha “Maltratar animais é crime”, lançada no mês de maio no câmpus.
No dia da abertura (23), foram apresentados animais com necessidades especiais e vítimas de maus-tratos. “O objetivo era o de demonstrar que não é impossível manter e cuidar desses animais e, muitas vezes, não é nem mais difícil do que manter qualquer outro animal. Queríamos reduzir as desigualdades entre os animais de estimação considerados “deficientes” e ‘normais”, explica a coordenadora da ação no Câmpus Xanxerê, Corina Maschio.
Durante a ação, os voluntários apresentaram aos alunos, servidores e visitantes do evento diversos animais nessas condições. Entre eles estava Mimi, gato sem raça definida, resgatado da rua ainda filhote com um olho vazado e que, depois de adulto, fraturou a coluna e perdeu os movimentos dos membros traseiros. Não precisa de nenhum cuidado especial por não enxergar com um olho, mas faz uso de cadeira de rodas para se movimentar em ambientes externos e precisa de auxílio para urinar e defecar.
Também Safira, cão sem raça definida, realocada após a primeira tutora desistir da guarda quando recebeu o diagnóstico do animal, que é portadora de câncer no fígado e, por isso, desenvolveu um problema chamado ascite, no qual há acúmulo de líquido na cavidade abdominal. Precisa receber alimentação especial.
Ainda foi apresentada Sophie, cão sem raça definida, resgatada por ser vítima de maus-tratos, após ter seu olho furado por um espinho de laranjeira. Não precisa de nenhum cuidado especial por não enxergar com um olho. Tufão, um cão boxer, resgatado por ser vítima de maus-tratos após ter sua língua cortada. Por isso, precisa ser alimentado com ração pastosa.
Além deles, os voluntários também apresentaram Xininha, cão sem raça definida, vítima de atropelamento, que teve um olho retirado. Não precisa de nenhum cuidado especial por não enxergar com um olho.
“Todos esses animais, apesar de terem alguma deficiência física ou doença crônica com tratamento constante, têm uma vida feliz e, se tivessem sido privados dessa vida por conta das suas limitações, isso seria um mero sacrifício e não uma eutanásia. O termo eutanásia só se aplica para aqueles animais que estão em sofrimento constante e quando esse sofrimento não pode ser aliviado de outras formas; ou seja, quando a morte é mais piedosa que a vida. É preciso vencer o preconceito contra animais com necessidades especiais tanto quanto é preciso vencer qualquer outro tipo de preconceito”, ressalta Corina.
Por Comunicação Câmpus Xanxerê e Rafaela Menin | Jornalista do IFSC