Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão discute indissociabilidade na prática
29. março 2019 | Escrito por Jornalismo IFSC | Categoria: Eventos, MatériasIntegrar as áreas de Ensino, Pesquisa e Extensão para proporcionar uma formação completa aos estudantes e ainda gerar mais impacto social é um desafio que, há anos, está em pauta nas instituições de educação. Nesta semana, cerca de 130 servidores de todos os câmpus e do Centro de Referência em Formação e Educação a Distância (Cerfead) participaram de mais um encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão (EPE), no auditório da Reitoria, e tiveram a oportunidade de, durante dois dias, conhecer experiências exitosas e refletir sobre como fazer este desafio sair da teoria e ir para a prática. Esta provocação foi tema da palestra de abertura, ministrada pelo professor do Instituto Federal do Maranhão (IFMA), Rogério Telles.
Quem já não ouviu falar do tripé: Ensino, Pesquisa e Extensão? O palestrante já começou sua fala criticando este conceito. “Não gosto do termo tripé, porque ensino, pesquisa e extensão precisão estar indissociáveis”, explicou.
O docente fez um resgate das histórias dos institutos para mostrar as características que tornam a Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica única. “O Instituto não é uma escola técnica nem uma escola de Ensino Médio. Somos tudo isso e nada disso”, afirmou Telles. Segundo ele, a identidade institucional é composta por toda esta diversidade. “Nossa identidade existe, somos um Instituto Federal”, destacou.
Apresentando as principais bases legais que tratam da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, Telles mostrou que não é por falta de recomendações legais que a indissociabilidade entre as áreas não acontece. “Não faltam diretrizes, nem normas. Estamos bem respaldados. O que falta é planejar”, disse.
Do planejamento à execução, o docente enfatizou a necessidade dos servidores colocarem as mãos na massa. “Temos que fazer fazendo”, destacou mostrando alguns exemplos práticos.
Exemplos exitosas no IFSC
No IFSC, muitos projetos têm mostrado na prática como fazer a indissociabilidade de ensino, pesquisa e extensão. Foi justamente para inspirar os câmpus a multiplicarem essas iniciativas que, durante a tarde do primeiro dia do evento, algumas experiências exitosas compartilhadas com os participantes do encontro.
Abertura do evento
A abertura do encontro EPE foi realizada na quarta-feira de manhã (27) com a presença da reitora do IFSC, Maria Clara Kaschny Schneider. A dirigente destacou a necessidade de se pensar em currículos mais flexíveis. “A gente não quer que o trabalho tenha só um título. Queremos oferecer uma formação”, afirmou. Além de instigar a reflexão sobre a carga horária dos currículos, Maria Clara defendeu a inclusão da Educação a Distância (EaD) nos cursos. “Algumas vezes, o aluno aprende mais no caminho para a instituição, lendo algo, do que em quatro horas dentro de uma sala de aula”, exemplificou.
Os 20 anos de EaD no IFSC foram lembrados na abertura do evento, assim como os cinco anos do Cerfead. O diretor do Cerfead, Érico Madruga ressaltou que no ano passado, pela primeira vez, o IFSC teve mais oferta próprias de vagas em cursos EaD do que por meio de programas externos/ Em 2018, foram mais de 8 mil matrículas em cursos a distância no Instituto. “Hoje temos condições técnicas e acadêmicas de oferecer a educação e distância”, afirmou.
Um vídeo elaborado pela IFSCTV e exibido no evento destacou a consolidação da EaD no IFSC e os cinco anos de Cerfead.
Encontro dos Neads
Como parte da programação do evento, também foi realizado o 2º Encontro de Coordenadores dos Núcleos de Educação a Distância do IFSC (NeaDs) que, pela primeira vez, foi integrado ao encontro EPE. O objetivo foi fortalecer a atuação desses coordenadores nos câmpus e também capacitá-los, discutindo aspectos legais, pedagógicos, tecnológicos e institucionais relacionados à EaD e aos procedimentos e fluxos institucionais da EaD no IFSC.
A coordenadora de Articulação de EaD, Sabrina Bleicher, ressaltou a importância do Encontro de Coordenadores de NeaD acontecer junto com o Encontro EPE. “Percebemos no primeiro encontro NeaD que a educação a distância não poderia ficar a parte dos eventos institucionais do IFSC, então trazemos esse encontro pra agenda do EPE, porque afinal de contas, todos nós estamos debatendo educação”, afirmou.
Segundo Sabrina, a meta para o próximo ano é integrar ainda mais o encontro EPE com o NeaD. “Esse ano tivemos um momento em que estávamos todos juntos no EPE e no próximo evento gostaríamos de trazer mais temas integrados com ensino, pesquisa e extensão.” disse.
Por Marcela Lin | Jornalista e Rodrido Moizéis | Estagiário de Jornalismo