Comissão de saúde do Câmpus Gaspar promove encontros virtuais com os servidores

2. junho 2020 | Escrito por | Categoria: Câmpus Gaspar, Coronavírus, Matérias

Durante o período de distanciamento social, a Comissão Interna de Saúde do Servidor Público (Cissp) do Câmpus Gaspar tem promovido encontros virtuais com os servidores. Até o momento já foram realizados três cafés, sendo que o primeiro foi para reunir de forma on-line os servidores e até seguiu o horário do intervalo das aulas da tarde e os outros dois foram temáticos, teve café filosófico, café literário e na próxima sexta-feira (5) terá o primeiro cine debate “Esporte e suas inter-relações com as dinâmicas sociais: um olhar transdisciplinar através da história” com o professor de Educação Física do Câmpus Gaspar Raphael Silvano, às 10h30.

Os encontros têm sido semanais e os servidores recebem o convite para participar por e-mail. “Nós temos registrado uma média de participação de 30 servidores e os temas para os cafés têm surgido a partir de apontamentos dos servidores”, explica o professor Márcio Watanabe, um dos membros da Cissp do Câmpus Gaspar.

O café filosófico foi proposto pelo professor do Câmpus Gaspar Fernando Mezadri e teve como tema “O cuidar-se de si mesmo”. “Eu observei que muitos servidores estavam ansiosos e eu queria propor algo que é um tema que eu trabalho que é sobre dor e sofrimento. Eu parti de uma linha da filosofia de que só se pode cuidar de si quando nos conhecemos. Sócrates falava “conhece-te a ti mesmo”, Foucault dizia que o cuidado de si é uma experiência filosófica de conhecimento, quase terapêutica, que faz você pensar em você. Platão, que era contemporâneo de Sócrates, dizia que conhecer-se implica num diálogo com nossa alma, na grande maioria das vezes de maneira solitária.”

O café literário abordou a literatura como acolhimento e aconchego em tempos de pandemia com o professor de Português Luiz Herculano do Câmpus Gaspar. “Não há como se pensar na literatura apenas como um jogo de palavras. Antônio Cândido, no ensaio “Direito à literatura”, a define como o sonho acordado das civilizações e fala como a fabulação é uma necessidade humana. O crítico literário diz ainda que ela tem que ser um espaço de promoção da igualdade e é nesse sentido que eu propus pensar a literatura enquanto aconchego e acolhimento. A escolha de um livro precisa estar pautada naquilo que faz a gente se abrir para um mundo de reflexões e de ideias.”

A proposta do próximo encontro do dia 5 será promover um debate a partir do filme “Raça”, que conta a história do medalhista norte-americano Jesse Owens, que ganhou quatro medalhas na Olimpíada de Berlim em 1936. “A proposta de trazer o vídeo para o debate é fazer uma contextualização histórica de como o esporte está relacionado com questões políticas e de como a vitória de Jesse Owens foi importante para rebater o nazismo e a fala da supremacia da raça ariana. Além de promover este debate quero falar sobre a importância do esporte para os dias de hoje neste período de pandemia para a liberação de endorfina e a produção de anticorpos e pensar também como o esporte promove uma maior interação com o meio ambiente”, explica o professor.

Por Beatrice Gonçalves | Jornalista do IFSC

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