Greve no IFSC: confira como foi a quarta semana de paralisação

13. julho 2012 | Escrito por | Categoria: Matérias

A greve dos servidores do Instituto Federal de Santa Catarina completou quatro semanas. A paralisação, iniciada no dia 18 de junho, acompanha um movimento nacional dos servidores públicos federais, no qual as principais reivindicações são a criação de uma data base, reposição salarial e reestruturação das carreias.

A adesão ao movimento continua sendo parcial. Os campi Caçador, Criciúma, Lages, São Miguel do Oeste, Urupema e Xanxerê continuam sem nenhuma adesão. Já os campi Araranguá, Canoinhas, Chapecó, Florianópolis, Florianópolis-Continente, Garopaba, Gaspar, Geraldo Werninghaus, Itajaí, Jaraguá do Sul, Joinville, Palhoça-Bilíngue, São José, e também a Reitoria estão com atividades parciais.

Em relação à orientação recebida do Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão sobre o corte de ponto dos servidores que estão em greve, o IFSC reforça a posição do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional Científica e Tecnológica (Conif) que reafirma que, neste momento, as orientações repassadas por meio do Comunica nº 552047/48 não contribuem para o estabelecimento de um ambiente favorável ao diálogo.

Reunidos nesta semana em Salvador, os dirigentes da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica decidiram solicitar audiências com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e com a ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior. O objetivo é contribuir com a celeridade nas negociações entre o governo e os trabalhadores das instituições da Rede.

As reuniões solicitadas buscam reafirmar a posição do Conif em defesa da valorização dos profissionais da carreira da educação – professores e técnico-administrativos, e pelo direito da sociedade à educação pública de qualidade, além de reiterar a preocupação diante da interrupção do diálogo entre trabalhadores e governo.

A reitora do IFSC, Maria Clara Kaschny Schneider, reitera que as reivindicações são justas e legítimas. “Defendemos o diálogo para que a situação seja resolvida o mais breve possível”, declara.

Durante a semana, servidores em greve de todos os campi fizeram reuniões para discutir a pauta interna de reivindicações, que devem resultar um documento único que será entregue à reitora. Além disso, foram realizados atos públicos em Florianópolis e Jaraguá do Sul. Na próxima semana, conforme informações do Sinasefe-SC, as atividades do movimento estarão concentradas em Brasília.

Suspensão do calendário

Sobre a suspensão do calendário acadêmico, a reitora em exercício explica que por enquanto não cabe uma suspensão geral porque alguns campi estão com as atividades totalmente normalizadas. Segundo Silvana Rosa Lisboa de Sá, é necessário aguardar o término do período de férias docentes para fazer uma avaliação de como ficará o calendário acadêmico em cada campus. “Vamos aguardar o início do próximo semestre e avaliar cada caso”, explica.

Caso não seja possível iniciar o semestre, o calendário do campus será suspenso. Se isso acontecer, cada campus terá que administrar internamente a reposição das aulas. “As próximas semanas serão decisivas para a definição do calendário”, afirma Silvana.

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