MEC e Conif debatem proposta de carreira para os professores

19. julho 2012 | Escrito por | Categoria: Gestão, Matérias

Na tarde desta quarta-feira, 18/7, reitores e dirigentes das instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica receberam o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, para discutir a proposta de carreira docente anunciada pelo governo na última sexta-feira, 13/7. Na oportunidade, os gestores pediram que a elaboração de proposta remuneratória para os técnico-administrativos (TAEs) e a regulamentação da progressão D1 para D3 sejam tratadas com prioridade.

Antes de iniciar a discussão da carreira docente, os reitores destacaram que a negociação com os técnico-administrativos é necessária para atender aos servidores na sua totalidade, sem meia solução. O ministro assumiu o compromisso de, junto com a área econômica, dedicar o empenho necessário para que os TAEs tenham um reajuste, considerado legítimo. Ainda em resposta a antigo pleito do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), declarou que a progressão D1 para D3 está no topo das prioridades no Ministério da Educação (MEC), uma vez que a situação se arrasta há quatro anos.

Na apresentação da proposta para a carreira docente, Mercadante destacou questões técnicas, a situação econômica brasileira e mundial, além de aspectos políticos. Destacou que a intenção do governo é estimular a titulação, a dedicação exclusiva, além de reduzir os níveis da carreira e, no caso da carreira EBTT, implementar o processo de Certificação do Conhecimento Tecnológico (CCT), que reconhece a experiência de professores que não possuem titulação, mas acumulam experiência em áreas importantes para as instituições.

Após a apresentação do ministro, o Conif pontuou as suas considerações. Em uma avaliação inicial, o Conselho entende que a proposta não traz uma carreira estruturada, mas sim uma tabela de reajuste para os diferentes pontos da carreira; considera que a elaboração de uma proposta mais clara para a Certificação do Conhecimento Tecnológico (CCT) é fundamental para contemplar todos os professores, já que a maior parte do quadro das instituições da Rede não é de doutores; também avalia que há necessidade de revisão dos níveis iniciais da carreira para os graduados.

Em seguida, Mercadante afirmou que trabalhará junto com o Conif em propostas que contemplem a efetivação de auxílio-interiorização, a elaboração de programa de capacitação para os servidores (mestrados e doutorados), a extensão da CCT para outros níveis e a antecipação da liberação das Funções Comissionadas de Coordenador de Curso (FCCs) ainda em 2012.

O presidente do Conif, Denio Rebello Arantes, destacou que a aceitação ou não da proposta cabe aos sindicatos, embora o Conselho entenda que pode contribuir para que as negociações tenham o melhor desfecho possível. “O papel de negociador cabe aos sindicatos, mas entendemos que o Conif precisa externar os princípios que defende para a reestruturação das carreiras, tendo em vista o desenvolvimento das instituições da Rede. Consideramos que este momento de debate pode trazer resultados muito positivos para os servidores e para as instituições”, ponderou.

Também estiveram presentes na reunião com o Conif o secretário executivo do MEC, Henrique Paim, o secretário de Educação Profissional e Tecnológica (Setec), Marco Antônio de Oliveira, e o secretário de Educação Superior (Sesu), Amaro Henrique Pessoa Lins.

Texto e foto: Assessoria de Comunicação do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif)

Um comentário até o momento. em "MEC e Conif debatem proposta de carreira para os professores"

  1. Professores com mais de 20 anos na carreira docente não tiveram as mesmas oportunidades que professores mais novos, contudo, nas atividades laborais e práticas são estes na sua grande maioria que são os responsáveis, sem contar que estes professores fizeram a formação pedagógica (ESQUEMA I ou II ) e nada disso conta nas suas avaliações da progressão funcional. Estavam na última letra, classe especial e regrediram na carreira.