Secretário da Agricultura parabeniza atuação de professores do IFSC

15. fevereiro 2013 | Escrito por | Categoria: Câmpus Itajaí, Matérias

O secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, João Rodrigues, enviou ofício à reitora Maria Clara Kaschny Schneider parabenizando os professores Luís Antônio de Oliveira Proença e Mathias Alberto Schramm, do Câmpus Itajaí, por fornecer dados que levaram à revogação do embargo à maricultura nas baías Norte e Sul de Florianópolis, em janeiro.

O embargo foi determinado pela Justiça depois do vazamento de óleo de uma estação desativada das Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) no bairro Tapera, na região Sul de Florianópolis. Com isso, maricultores de cinco municípios (a Capital, Biguaçu, Palhoça, São José e Governador Celso Ramos) ficaram sem poder comercializar sua produção.

“A atuação dos dois notáveis profissionais foi determinante para a resolução do conflito e a liberação das áreas interditadas, e tanto eles como o Instituto Federal de Santa Catarina são por isso merecedores do reconhecimento do Governo do Estado, da Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca e das milhares de pessoas da Grande Florianópolis que exercem atividades ligadas à maricultura e dela dependem. A estrutura desta pasta está à disposição de Vossa Excelência, do Instituto do qual é dirigente e dos professores citados, na expectativa de que possamos estreitar relações e estabelecer parcerias técnicas e institucionais”, diz o ofício.

Os professores do IFSC trabalharam com a análise de presença de algas e biotoxinas nas águas das baías Norte e Sul, por meio do Laboratório de Pesquisas e Monitoramento de Algas Nocivas e Ficotoxinas do Câmpus Itajaí. Outra análise, feita pelo Laboratório de Química Orgânica Marinha do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo, constatou a ausência de contaminantes químicos na água.

Depois de derrubado o embargo determinado pela Justiça, continuou em vigor apenas o embargo à maricultura, pesca e extração de berbigão, marisco, ostra, peixes e crustáceos imposto pela Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma) em um região de 730 hectares próxima ao local onde houve o vazamento, entre os bairros Tapera e Ribeirão da Ilha, em Florianópolis.

Atualmente, o laboratório do Campus Itajaí faz a análise da qualidade de ostras e mariscos para produtores de Santa Catarina. “Os dados que tínhamos eram do monitoramento que fazemos frequentemente no laboratório. Isso deu elementos para que a Secretaria de Agricultura e Pesca argumentasse com a Justiça pela revogação do embargo”, explica o professor Luís Antônio. Ele e Mathias fazem parte do Comitê Estadual de Controle Higiênico-Sanitário de Moluscos Bivalves.

A perda estimada pelos maricultores com o embargo, que atinge 28 fazendas, é de R$ 4 milhões, segundo notícia veiculada pelo jornal Diário Catarinense em 7 de fevereiro. De acordo com a matéria, Florianópolis é responsável por aproximadamente 80% do cultivo de ostras do País. Na coluna Visor de sexta-feira, 15 de fevereiro, o jornalista Rafael Martini, também do DC, informa que indenizações aos produtores, num valor total de R$ 1,5 milhão, devem começar a ser pagas pela Celesc a partir de segunda-feira (18).

Os comenários não estão permitidos.