Lápis feito de jornais reciclados, lâmpada fluorescente, papel vindo de árvores de reflorestamento e pilha que não contém mercúrio ou cádmio em sua composição. Esses são alguns dos itens que fazem parte do primeiro edital sustentável publicado pelo Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), que teve seu pregão eletrônico iniciado na última terça-feira, dia 5. No total serão gastos até R$ 71 mil na compra dos itens considerados “sustentáveis”.

Segundo a coordenadora de Compras do Câmpus Jaraguá do Sul e responsável pela elaboração do edital, Vanessa de Oliveira, a iniciativa tem o objetivo de contribuir para a economia de recursos naturais e para a diminuição do uso de produtos que prejudiquem o meio ambiente ou a saúde das pessoas. “O fato de, por exemplo, especificarmos pilhas que não utilizem substâncias cancerígenas ou papeis que não destruam florestas estimula as empresas a produzirem cada vez mais os produtos chamados ‘sustentáveis’”, explica.

No entanto, essa medida de estímulo acaba tornando-se um dos principais obstáculos para a compra de bens e serviços sustentáveis. “Dos 30 itens previstos para este edital, conseguimos orçar e incluir no pregão apenas dez, pois ainda é muito difícil encontrar empresas que comercializem produtos com características sustentáveis em seu ciclo de produção”, conta Vanessa.

Clique aqui para acessar o edital sustentável e confira, no Anexo I do documento, a lista completa dos itens comprados pela instituição. A previsão é de que estes itens cheguem aos câmpus em 60 dias.

Compras sustentáveis

Para o chefe do Departamento de Compras do IFSC, José Carlos de Mattos, a dificuldade de aquisição de produtos sustentáveis é ainda maior quando parte da população. “Se o Governo Federal, que é o maior comprador individual de bens e serviços no País, encontra essa dificuldade, para as pessoas é ainda mais complicado e, também, mais caro”, diz.

Com o objetivo de tornar mais acessíveis os produtos sustentáveis e criar uma “cultura da sustentabilidade”, o Governo Federal vem exigindo, por meio dos seus órgãos de controle, que as instituições dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário – inclusive autarquias, como o IFSC – realizem aquisições de bens e serviços sustentáveis. “Dessa forma, com o aumento da demanda por produtos sustentáveis gerada pela compra dos órgãos públicos, esses produtos também se tornarão mais comuns no mercado e, consequentemente, mais baratos para a população”, explica Mattos.

O edital sustentável do IFSC faz parte do Programa IFSC Sustentável.