A assistente social Ania Tamilis da Silva, coordenadora do programa Mulheres Mil no IFSC, passou a integrar um grupo de pesquisa que irá analisar o impacto do programa na vida das participantes e na sociedade. Na última semana, ela esteve em Niagara Falls, no Canadá, onde, juntamente com outros profissionais brasileiros e canadenses, foram definidas a metodologia e as ferramentas que serão utilizadas para medir esse impacto.

O trabalho foi realizado entre os dias 12 e 16 de agosto, no Niagara College Canada. Durante uma manhã, o assunto do encontro foi a experiência brasileira. Ania falou sobre o programa no IFSC e destacou o Câmpus São Miguel do Oeste, que já formou cerca de 200 alunas pelo Mulheres Mil e será destaque no novo vídeo institucional do programa, em fase de elaboração pelo Ministério da Educação (MEC).

Durante o encontro, os canadenses apresentaram ao grupo o programa “Segunda Carreira”, desenvolvido na região após a recessão de 2008, quando várias indústrias e empresas fecharam. “Grande parte da população ficou sem emprego e as pessoas tiveram que aprender um novo ofício”, conta Ania. Os canadenses apresentaram também as ferramentas utilizadas para medição do impacto desse programa. “Como eles já fizeram essa avaliação, vamos aproveitar algumas das ferramentas e técnicas utilizadas para aplicar no Mulheres Mil”, relata.

Sobre o grupo

Além da assistente social do IFSC, o grupo foi formado por: Maria José Resende, do Instituto Federal do Espírito Santo (IFES); Clarice Escott, do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS); Nara Vieira de Souza, do Instituto Federal de Sergipe (IFSE); Marilise Esteves do Instituto Federal de Rondônia (IFRO); e Jussara Maysa Campos, do Ministério da Educação (MEC).

Segundo Ania, o grupo é multidisciplinar, formado por profissionais que atuam em diferentes áreas dentro do grupo de pesquisa. “Essa mescla do grupo foi bem positiva, pois cada um trouxe sua experiência e seu olhar sobre o programa”, avalia.

Saiba mais sobre o programa

O programa Mulheres Mil começou como um projeto em 2005, desenvolvido em colaboração com a Associação Canadense de Faculdades Comunitárias para trabalhar com uma específica população de mulheres jovens e adultas na região norte do Brasil. O objetivo principal do projeto era oferecer qualificação profissional para mil mulheres, melhorando a qualidade de vida delas. Baseado no sucesso do projeto, em 2011 ele se tornou nacional e a meta agora é atender 100 mil mulheres até 2014.

No IFSC, o programa teve início em 2011 com três câmpus: Gaspar, São Miguel do Oeste e Jaraguá do Sul. No ano seguinte, mais três câmpus aderiram: Joinville, Canoinhas e Araranguá. Neste ano de 2013, o programa será realizado também em Itajaí, Criciúma, São Carlos, Tubarão e Lages, ofertando 1.100 vagas em 11 câmpus.