Oportunidades de estudo na Austrália são tema de palestra no IFSC

11. setembro 2013 | Escrito por | Categoria: Câmpus Florianópolis, Câmpus São José, Governo Federal, Matérias

Os estudantes dos câmpus Florianópolis e São José conheceram na segunda, dia 9, oportunidades para estudar em universidades com foco tecnológico na Austrália por meio do programa Ciência sem Fronteiras (CsF), do Governo Federal. A coordenadora do CsF para a Rede Tecnológica de Universidades da Austrália (ATN, na sigla em inglês), Daniella Faber, ministrou palestra para os alunos dos dois câmpus apresentando o país oceânico e as instituições que compõem a ATN. Um novo edital do CsF  para interessados em estudar na Austrália deve ser lançado em outubro.

As cinco instituições que fazem parte da ATN são a Universidade Curtin (com sede na cidade de Perth), a Universidade de Tecnologia de Queensland (QUT, com sede em Brisbane), a Universidade da Austrália do Sul (UniSA, de Adelaide), aUniversidade de Tecnologia de Sydney(UTS, de Sydney) e o Instituto Real de Tecnologia de Melbourne (RMIT, de Melbourne). Daniella explicou que todas são universidades públicas e “jovens”, com menos de 50 anos de existência, e eram institutos de tecnologia até recentemente, o que as aproxima dos Institutos Federais brasileiros.

“Cerca de 70% dos recursos para pesquisa dessas universidades vêm de empresas parceiras”, destaca Daniella. As instituições recebem grande número de estrangeiros – aproximadamente 25% dos estudantes estrangeiros na Austrália estão nas universidades da ATN, de acordo com Daniella – e possuem centro de línguas para estrangeiros.

As cinco universidades estão classificadas entre as 50 melhores universidades do mundo com menos de 50 anos de acordo com o ranking QS, elaborado pela empresa britânica Quacquarelli Symonds. Elas devem abrir 1.250 vagas para estudantes brasileiros por meio do Ciência sem Fronteiras, em diversas áreas, principalmente as ligadas a engenharia, arquitetura e tecnologia da informação.

Para poder estudar nas universidades da ATN, o estudante devem ter feito os exames de proficiência em inglês Toefl IBT ou Ielts Academic.

Por que escolher a Austrália?

Além de falar sobre as universidades, Daniella (foto) também destacou pontos positivos da Austrália como opção para candidatos às bolsas do Ciência sem Fronteiras. O país da Oceania tem alguns dos melhores índices socioeconômicos do mundo, como o segundo melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), sendo o primeiro entre países de língua inglesa. A população é relativamente pequena – o território australiano equivale a cerca de 90% do brasileiro, mas sua população é de 23 milhões, contra 198 milhões do Brasil – e, por isso, o país abre muitas oportunidades para estrangeiros.

Ainda de acordo com Daniella, a Austrália é um país que se caracteriza pela inovação. Diversas tecnologias, desde a caixa-preta de aviões até a rede de internet sem fio (wireless) e o software Google Maps surgiram no país oceânico.

Ciência sem Fronteiras

O programa Ciência sem Fronteiras foi criado pelo Decreto 7642/2011, com o objetivo de promover a consolidação, expansão e internacionalização da ciência e tecnologia, da inovação e da competitividade brasileira por meio do intercâmbio e da mobilidade internacional. A iniciativa é fruto de esforço conjunto dos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Ministério da Educação (MEC), por meio de suas respectivas instituições de fomento – CNPq e Capes –, e Secretarias de Ensino Superior e de Ensino Tecnológico do MEC.

O projeto prevê a utilização de até 101 mil bolsas em quatro anos para promover intercâmbio, de forma que alunos de graduação e pós-graduação façam estágio no exterior com a finalidade de manter contato com sistemas educacionais competitivos em relação à tecnologia e inovação. Além disso, busca atrair pesquisadores do exterior que queiram se fixar no Brasil ou estabelecer parcerias com os pesquisadores brasileiros nas áreas prioritárias definidas no programa, bem como criar oportunidade para que pesquisadores de empresas recebam treinamento especializado no exterior.

Os alunos do IFSC que quiserem participar do programa devem inscrever-se na página do CsF e avisar a Coordenadoria de Assuntos Internacionais do IFSC, na Reitoria, enviando seus dados pessoais pelo e-mail assint@ifsc.edu.br. O coordenador Julio Cezar Bragaglia explica que isso é necessário porque, caso o estudante seja aprovado, o IFSC terá que providenciar documentos, traduzir histórico escolar, assinar termo de compromisso, entre outras ações, que demandam planejamento.

Segundo o coordenador, há a intenção de trazer representantes de outros grupos de universidades participantes do CsF para fazer palestras no IFSC. “É uma maneira de divulgar o programa para os alunos e motivá-los a participar”, afirma.

Para saber mais sobre o Ciência sem Fronteiras, visite o sitewww.cienciasemfronteiras.gov.br. Dúvidas sobre o programa podem ser tiradas com a Coordenadoria de Assuntos Internacionais do IFSC, pelo e-mail assint@ifsc.edu.brou telefone (48) 3877-9053.

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