IFSC oferece curso em Rancho Queimado pelo Pronatec

15. outubro 2013 | Escrito por | Categoria: Câmpus São José, Governo Federal, Matérias

ranchoqueimado2Rancho Queimado, o município de menor população na Grande Florianópolis, com aproximadamente 2,8 mil habitantes, conta, a partir desta semana, com um curso do IFSC, oferecido pelo Câmpus São José por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). O curso de Operador de Computador teve sua aula inaugural na segunda-feira, dia 14, no Conselho Comunitário de Rancho Queimado, no Centro da cidade. São 25 alunos que terão aulas até 23 de dezembro, totalizando 160 horas de curso.

A cidade de Rancho Queimado fica cerca de 65km a oeste de Florianópolis, no caminho entre o litoral e a Serra, às margens da BR-282. É conhecida pelo turismo de inverno e também por ser a Capital Catarinense do Morango.

A viagem de Rancho Queimado até o litoral, onde há instituições de ensino técnico e superior (principalmente em Biguaçu, Florianópolis, Palhoça e São José) leva pouco mais de uma hora de carro. Por isso, a prefeitura disponibiliza para os moradores transporte até as cidades onde estão as instituições. Não há muitas oportunidades de fazer um curso gratuito na cidade.

A prefeitura de Rancho Queimado aderiu recentemente ao Pronatec. Segundo a secretária municipal de Educação, Jamile Beatriz Schauffler Beretta, há muita procura por cursos na área de informática, mecânica, gastronomia, turismo e hotelaria, estética corporal e facial, agroecologia e para formação de profissionais como eletricista e encanador. “As pessoas vêm aqui e nos perguntam se tem curso pra essas áreas, mas não tínhamos até o momento. O curso de Operador de Computador atende a uma das demandas que temos.”

ranchoqueimadoEntre os 25 alunos que vão frequentar o curso, estão pessoas de diversas idades e profissões. O marceneiro Gilberto Koester, 20 anos, morador do Centro de Rancho Queimado, espera que o conhecimento adquirido no curso ajude-o no curso de graduação que ele pretende fazer. “Pretendo ir para Florianópolis ou São José e tentar fazer um curso superior”, conta Gilberto, que ainda não definiu a área que pretende estudar, mas já pensou em história, biologia e comércio exterior.

Outros alunos pretendem fazer o curso para conseguir oportunidades na própria Rancho Queimado. É o caso da agricultora Luciane Truppel, 41 anos, que mora na comunidade de Invernadinha. Ela conta que um hotel deve ser construído na localidade e, por isso, ter conhecimentos básicos em informática pode ajudar a conseguir um emprego no empreendimento. “Hoje é tudo por computador, né? Fazendo o curso, a gente tem mais chance”, avalia Luciane, que já fez um curso de gerenciamento e atendimento hoteleiro pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac).

O curso de Operador de Computador é oferecido pelo IFSC por meio do Câmpus São José. Além de Rancho Queimado, as cidades de Santo Amaro da Imperatriz e Biguaçu, também na Grande Florianópolis, vão ter turmas do curso, que começam as aulas nesta quinta e sexta-feira, respectivamente. Em Biguaçu, os alunos serão pessoas atendidas por uma instituição que cuida de dependentes químicos e, em Santo Amaro da Imperatriz, integrantes de uma comunidade quilombola, segundo o coordenador do Pronatec no Câmpus São José, José Paulo Monteiro.

Em Rancho Queimado, quem vai ministrar o curso vai ser o analista de tecnologia da informação Humberto José de Sousa, do Câmpus São José. Ele explica entre os conteúdos que serão repassados, estão conhecimentos sobre uso de sistema operacional, da internet, de softwares para elaboração de planilhas eletrônicas e de apresentações gráficas, além da instalação de impressora. “É um curso inicial, que vai dar noções básicas de operação de computador para eles.”

As pedagogas Maria Leda Costa Silveira (supervisora) e Aline Inácio Decker (orientadora), também do Câmpus São José, vão acompanhar e auxiliar os alunos. A intenção é de que o curso não seja apenas um treinamento, mas um espaço para contextualizar a informática no mundo do trabalho e para promover a inserção dos alunos no mundo do trabalho como protagonista, segundo Maria Leda.

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