Palestra de abertura da ICBL 2013 aborda os desafios da EaD

6. novembro 2013 | Escrito por | Categoria: Eventos, Matérias

SONY DSCQuais as condições necessárias para que a Educação a Distância (EaD) cause impacto social? Essa foi uma das perguntas norteadoras da palestra da presidente da Fundação Telefônica Vivo, Françoise Trapenard, na abertura da Conferência Internacional sobre Aprendizagem Combinada Interativa Auxiliada por Computador (ICBL), que começou nesta quarta-feira em Florianópolis. O evento, organizado pelo Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), reúne cerca de 190 pesquisadores e estudantes de dez países, além do Brasil, para discutir sobre a aprendizagem assistida por computador.

Com a palestra, Françoise instigou o público presente a se motivar para desenvolver mais pesquisas na área e propor projetos inovadores. “Quando fazemos juntos, o impacto é maior, por isso acreditamos muito na atuação conjunta”, afirmou.

A administradora explicou que um dos maiores problemas dos projetos sociais é ser sustentável. Para isso, ela defende ações que gerem mudanças de atitude. “Não é só investir em infraestrutura. Precisamos fazer com que as pessoas entendam a nova visão para que a mudança introduzida pelo processo de aprendizagem se sustente”, salientou.

SONY DSCA palestrante chamou a atenção para o fato de a conferência tratar da aprendizagem assistida por computador e da necessidade de se pensar para além disso. “Hoje nosso desafio é ainda maior: como levar o que está no computador para tablets e aparelhos mobile?”, questionou.

Entre as condições necessárias para que a EaD gere impacto social, Françoise elencou a adoção de estratégias adequadas para a resolução de problemas, condições mínimas de infraestrutura garantidas e a mobilização e animação – onde entraria a parte do blended learning ou B-learning.

SONY DSCPara a presidente da Fundação Telefônica Vivo, o Brasil já avançou muito em relação a essa temática, mas ainda tem muito o que melhorar. Entre os desafios para ampliar o uso da EaD em projetos sociais, Françoise cita o aspecto cultural, como os mitos da baixa qualidade, do isolamento e do pouco entusiasmo em relação ao curso feito a distância. “Para combater isso, precisamos fazer campanhas, matérias, pesquisas e estudos para mostrar que não é assim e quebrar essa resistência”, orientou.

A ausência de conteúdos e metodologias relacionados à temática é outro desafio. Nesse sentido, a palestrante ressaltou a importância de um evento como a ICBL e o papel dos pesquisadores e estudantes presentes. “Precisamos do desenvolvimento de conteúdo por parte das universidades, metodologias sistematizadas e gratuitas que provoquem a reflexão e a mudança de atitude”, finalizou.

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