Câmpus Jaraguá do Sul realiza encontro de bolsistas do PIBID que mostra novas abordagens para a docência

28. novembro 2013 | Escrito por | Categoria: Câmpus Araranguá, Câmpus Jaraguá do Sul-Centro, Câmpus São José, Eventos, Matérias

encontro pibid1As experiências de alunos dos cursos de licenciatura do IFSC em escolas públicas das cidades de Jaraguá do Sul, São José e Araranguá foram compartilhadas em evento do PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência), no último dia 25 de novembro, no Câmpus Jaraguá do Sul. Entre os exemplos estão projetos voltadas para a sustentabilidade e para a divulgação científica.

O encontro, que acontece todo ano, reúne os bolsistas do programa para discutir novas abordagens no ensino e mostrar suas ações nas escolas em que atuam. Participam do projeto os três câmpus que possuem Licenciatura em Ciências da Natureza – em Jaraguá do Sul e Araranguá a habilitação do curso é em Física, e em São José, em Química. Cada um dos câmpus possui bolsistas em cinco escolas estaduais ou municipais, onde um professor da própria escola atua como supervisor e também é bolsista do PIBID.

“O encontro promove a socialização das experiências e ainda auxilia no planejamento para desenvolver novas ações”, afirma a coordenadora do PIBID no Câmpus Jaraguá do Sul, Deise Mazera. A abertura do evento contou com a participação da Pró-Reitora de Ensino do IFSC, Daniela de Carvalho Carrelas.

Sustentabilidade

Entre os exemplos mostrados está o projeto de sensibilização ambiental desenvolvido na Escola Municipal Donato de Biguaçu (Grande Florianópolis). Os bolsistas desenvolveram uma gincana para arrecadar material reciclável e promoveram oficinas para mostrar o que pode ser feito com o material, como jogos de damas com tampas de garrafa. “Houve um envolvimento muito grande dos alunos e também dos pais. Muitos estavam foram das atividades dos filhos na escola e conseguimos promover esta integração, além de ser encantador ver o desenvolvimento e a conscientização destes alunos”, afirma a aluna Aline Chierighini.

O dinheiro obtido com a venda do material – foram 22 mil garrafas PET, 22 mil latas de óleo e 11 mil pilhas, por exemplo – sustenta outras ações ambientais da escola. “Fizemos uma horta de plantas medicinais, bicicletário, composteira e sistema de coleta da água da chuva”, afirma o professor de Biologia da escola e supervisor dos bolsistas, Marcelo Chitolina. Segundo ele, as ações enriquecem o ambiente escolar, promovem a participação dos pais e demonstram para os alunos da Licenciatura como a escola pode ser um lugar agradável. “Eles veem que lecionar não é um bicho de sete cabeças.”

A conscientização ambiental também é o foco de um outro grupo de bolsistas. Com o tema “Por dentro da Mata Atlântica”, alunas da Licenciatura do Câmpus Jaraguá do Sul buscaram conhecer o que os alunos de uma escola pública sabem sobre este assunto, realizaram palestras com especialistas e promoveram visitas a parques de Camboriú, Curitiba e ao Instituto Rã Bugio de Jaraguá do Sul. “Também promovemos um concurso de fotografias da natureza. Recebemos mais de 1700 fotografias em dois meses”, explica a estudante Kelly Pereira.

Laboratórios

encontro pibid2Já os bolsistas de Araranguá focam na estruturação de laboratórios de Ciências nas escolas públicas em que atuam. “Alguns experimentos são feitos com material de baixo custo, mas muitos equipamentos são comprados com recursos do PIBID”, explica o professor do câmpus, Adriano Antunes Rodrigues. Segundo a aluna Francisca Pereira, a atuação como bolsista possibilita outra visão da docência. “Muda tudo. Quando estamos no curso temos o receio de como será entrar numa sala com 30 alunos ou mais. Com esta experiência percebemos as possibilidades de interação dos assuntos, as formas de organizar as aulas e principalmente como se relacionar com os alunos”, afirma.

Para o coordenador do programa no Câmpus São José, Gustavo Gaciba, estes são os grandes diferenciais que o PIBID possibilita. “Nossos alunos conseguem vivenciar a realidade da sala de aula, os desafios e as perspectivas de uma escola pública, além de poderem desenvolver a pesquisa desde a primeira fase”, afirma.

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