Encontro pedagógico discute soluções para evasão

10. fevereiro 2014 | Escrito por | Categoria: Câmpus Florianópolis, Eventos, Gestão de Pessoas, Matérias

encontro_fpolisNa última quinta-feira (6), os docentes do Câmpus Florianópolis participaram de uma capacitação pedagógica com o objetivo de despertar o olhar da instituição sobre práticas voltadas à permanência exitosa dos estudantes. “Temos altos índices de desistência na educação brasileira. No nosso caso, temos alunos com dificuldade econômica para se locomover, para fazer um lanche. Temos que descobrir quais os fatores que cercam esse problema. Não se trata aqui de achar culpados, e sim, buscar soluções”, afirmou a diretora de Ensino, Cláudia Regina da Silveira. O evento foi realizado durante todo o dia na Assembleia Legislativa de Santa Catarina.

Na parte da manhã, o diretor-geral, Maurício Gariba Júnior, o vice-diretor Marcelo Martins, o diretor de Administração, Aloísio Silva Júnior, o diretor de Pesquisa e Extensão, José de Pinho, e a diretora de Ensino fizeram uma breve apresentação do Planejamento 2014 do Câmpus. Ampliação de projetos, obras e reformas foram informadas aos docentes, que foram solicitados a instruir e orientar os estudantes, pois durante o ano será preciso muita atenção e paciência com os transtornos causados pelas melhorias – como a reforma estrutural do Bloco Central. Cláudia aproveitou também para repassar orientações aos docentes sobre regulamentos e sobre o início das aulas.

Em seguida, Luciane Rabello e Janaí de Abreu Pereira, da Comissão de Ações Afirmativas no câmpus, apresentaram detalhes das Lei 10.639/03 e Lei 11.645/08 – que tratam da inclusão de disciplinas sobre a história das raças negras e indígena no currículo de cursos de graduação – e seus desdobramentos para o ensino. “ A lei já tem 11 anos, e mesmo assim não conseguimos nos adaptar totalmente. E, apesar de ser uma exigência do Ministério da Educação, queremos que o processo seja de dentro pra fora, para, de fato, fazermos uma inclusão, e não algo forçado”, afirmou Luciane. “Também queremos que o Câmpus tenha práticas pedagógicas permanentes e cotidianas, não se limitando a datas comemorativas. O nosso aluno negro está na escola o ano todo, o nosso aluno índio também”, completou.

encontro_fpolis2Janaí apresentou também uma série de livros, sites e documentários para que os professores possam aprender a fazer a inclusão étnica de forma adequada. “Temos que buscar dentro da nossa formação quais as questões de africanidade que podemos aplicar. Por exemplo, se numa questão de matemática incluirmos uma cidade africana como exemplo, para calcular porcentagem de crescimento populacional, já vai despertar a curiosidade do estudante, que vai se perguntar ‘Que cidade é essa?’ e procurar saber mais. São ações às vezes simples, mas que deixam o assunto à tona”, afirmou Janaí.

No fim da manhã e durante a tarde, o tema foi a evasão em si. A diretora Cláudia apresentou os índices de evasão e desistência dos cursos em todos os níveis – integrado, subsequente, graduação e pós-graduação. Como a palestrante convidada da tarde, a professora da UFMG Rosemary Dore, teve um mal súbito e não pôde comparecer ao evento, a organização do evento decidiu realizar um debate sobre os números apresentados pela diretora de Ensino.

Cristiane Antunes, pedagoga do câmpus, propôs a apresentação de algumas informações do III Colóquio Internacional sobre Educação Profissional e Evasão Escolar, que foram lidas por Cláudia. O tópico abordava “razões institucionais e razões pessoais” para desvendar as causas da evasão, considerando este um problema atual de inúmeras instituições de ensino de todo o Brasil e da educação nacional como um todo, e não uma exclusividade do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC). Após a breve apresentação, abriu-se espaço para intervenções da plateia, que enriqueceram a discussão com diferentes pontos de vista sobre os motivos da evasão no cenário do Câmpus Florianópolis. Servidores de diversas áreas do conhecimento deram suas contribuições para tentar elucidar o porquê muitos dos alunos têm abandonado os cursos.

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