Dia Mundial de Conscientização do Autismo é nesta quarta-feira

2. abril 2014 | Escrito por | Categoria: Câmpus Florianópolis, Matérias

2abril_PNesta quarta-feira, 2 de abril, é comemorado o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo. Diversas cidades irão iluminar seus principais pontos turísticos (o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, inclusive) com a luz azul, a cor símbolo dos autistas, além de atividades com palestras, oficinas e manifestações.

Em Florianópolis, a Associação dos Amigos dos Autistas (AMA) promoveu uma caminhada no último sábado (29) e realizará um pedágio solidário na Avenida Beira-Mar Norte, próximo ao trapiche. No sábado, dia 5, será a vez da Associação Brasileira para Ação por Direitos da Pessoa com Autismo (Abraça) promover uma caminhada, com saída do Trapiche da Beira-Mar.

No Câmpus Florianópolis, além da política de inclusão aos alunos com necessidades especiais – inclusive começou há poucos dias uma capacitação gratuita para professores das redes pública e particular, também há a preocupação de incluirmos servidores que possuam algum tipo de deficiência ou necessidade especial. Desde o segundo semestre do ano passado, o Câmpus Florianópolis possui um servidor autista, atualmente trabalhando na biblioteca e no arquivo permanente.

Kléber Leite, de 28 anos, foi aprovado no IFSC sem ter feito inscrição como “pessoa com deficiência”. Diagnosticado com autismo aos três anos, ele conseguiu concluir com sucesso os estudos, em uma história que ainda, infelizmente, é exceção no ensino brasileiro. “Por sorte, passei por uma escola em que os profissionais eram capacitados. Mas a família foi essencial nesse processo”, conta Kléber.

Formado em Biblioteconomia pela Udesc, já foi estagiário na Eletrosul. A empresa, inclusive, gravou um vídeo com ele para este 2 de abril, data que passou a ser amplamente difundida após a passagem de Kléber pela estatal. Participante ativo de palestras de motivação voltada à inclusão, Kleber ressalta a importância da informação junto à população em geral. “É uma motivação importante não apenas para entender como é o transtorno e como deve se lidar com ele, mas também para gerar a inclusão das pessoas com deficiência e inseri-las no mercado de trabalho”, afirma o servidor.

A direção do Câmpus Florianópolis tem procurado atender às necessidades específicas de Kléber. “A situação não é ideal porque ainda, infelizmente, encontramos pessoas despreparadas para lidar com autistas. Por isso, dentro do Napne (Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Especiais), estamos nos esforçando para tentar trazer o máximo de conhecimento e de conscientização à toda comunidade acadêmica”, afirma a psicóloga e coordenadora do Napne, Cristiane Zapelini.

Especificamente em relação à inclusão de alunos, o câmpus está realizando um projeto de extensão para a capacitação de professores da Grande Florianópolis sobre o tema.

O autismo é uma disfunção global do desenvolvimento. É uma alteração que afeta a capacidade de comunicação do indivíduo, de socialização (estabelecer relacionamentos) e de comportamento (responder apropriadamente ao ambiente — segundo as normas que regulam essas respostas). Esta desordem faz parte de um grupo de síndromes chamado transtorno global do desenvolvimento (TGD), também conhecido como transtorno invasivo do desenvolvimento (TID), do inglês pervasive developmental disorder (PDD). Entretanto, neste contexto, a tradução correta de “pervasive” é “abrangente” ou “global”, e não “penetrante” ou “invasivo”. Mais recentemente cunhou-se o termo Transtorno do Espectro Autista (TEA) para englobar o Autismo, a Síndrome de Asperger e o Transtorno Global do Desenvolvimento Sem Outra Especificação. Aqui, aqui e aqui você também achará boas explicações.

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