Estudantes e professores participam de Oficina de Inovação em Saúde durante a Reditec

11. novembro 2014 | Escrito por | Categoria: Eventos, Gestão, Matérias

oficina_reditecEstudantes e professores de cursos técnicos e de graduação de diversas áreas profissionais participam da primeira Oficina de Inovação em Saúde, aberta na segunda-feira, 10, no câmpus de Porto Alegre do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS). O encontro, que vai até quinta-feira, 13, integra a programação da 38ª edição da Reunião dos Dirigentes das Instituições Federais de Educação Profissional e Tecnológica (Reditec), que também se encerrará na quinta-feira, na capital gaúcha.

Durante os quatro dias, as equipes buscarão soluções inovadoras para os desafios propostos pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que apresentou como tema central para o evento a Saúde do Idoso. Entre os subtemas propostos na oficina estão prevenção à cegueira, situação de risco ao idoso, hospital 2.0 e hospital amigo do idoso. O evento é organizado pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação e pela Ebserh, com a metodologia MedHacker do Departamento de Oftalmologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

A proposta da empresa é contribuir para a promoção da inovação em seus processos nos 27 hospitais universitários federais que estão sob sua gestão. “É uma oficina de inovação e um exercício para os alunos; certamente, boas ideias sairão daqui”, diz Andréa de Faria Barros Andrade, a assessora da presidência da Ebserh e integrante da coordenação da oficina.

De acordo com o secretário de educação profissional e tecnológica do MEC, Aléssio Trindade de Barros, a oficina referenda um dos conceitos dos institutos federais. “Nossa equipe é multidisciplinar, temos alunos de cursos técnicos e cursos superiores”, destaca. “Cada câmpus procura apresentar soluções aos problemas com vistas ao desenvolvimento local. O que cada equipe está fazendo é o que cada câmpus faz.”

O secretário salienta que a agenda da inovação é importante para o governo federal. Segundo ele, o trabalho com a Ebserh na questão da saúde pública nos hospitais federais referenda outro conceito, o da inclusão e da política pública dos institutos federais. “Essa ação é essencial para a consolidação dos institutos”, diz.

Simulação das dificuldades vividas pelos idosos

A simulação das dificuldades vividas pelos idosos foi uma das atividades dos estudantes que participam da oficina. Antes de iniciar os trabalhos de desenvolvimento de projetos e produtos inovadores voltados para a saúde do idoso, os estudantes usaram uma vestimenta que limita os movimentos e óculos que simulam doenças como catarata e glaucoma, dentre outras.

simulacao_idososAisha Queiróz, aluna do IFBA, sentiu a experiência direta dos problemas enfrentados pelos idosos. Ela revela que a sensação foi estranha. “As articulações não fechavam completamente, não tinha um movimento completo dos braços e das pernas, a coluna não conseguia ficar ereta”, relatou. “Existia muita dificuldade de pegar alguma coisa ou estender o braço. Foi bem complicado.”

Passar pela situação com o traje ajudou a estudante a estimular a criatividade para a busca das soluções inovadoras que auxiliem os idosos. “Estando na pele da pessoa, sabemos o que ela está sentindo”, disse. “Isso facilita para criarmos uma solução para aqueles problemas.”

O objetivo da simulação foi o de mostrar aos estudantes, e fazê-los sentir, na prática, o que se passa com idosos. “É uma possibilidade de os estudantes desenvolverem por conta própria soluções para a saúde do idoso, dentro da realidade dos hospitais universitários da rede pública”, salientou o chefe do Departamento de Oftalmologia e Ciências Visuais da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Paulo Schor, um dos coordenadores da oficina no Câmpus de Porto Alegre do IFRS.

De acordo com Schor, dentro dos temas propostos para a criação de soluções — prevenção à cegueira, situação de risco ao idoso, hospital 2.0 e hospital amigo do idoso —, a partir da experiência criada, os alunos tendem a se sentir mais seguros no desenvolvimento de ideias e soluções. “O objetivo é apresentar ideias para oferecer melhor qualidade de vida aos idosos que sofrem com as limitações”, afirmou. “Quando as pessoas ficam idosas, começam a ter limitações, como a mobilidade e a visão.”

Texto: Nestor Tipa Júnior
Fotos: Ted Jonas

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