Criatividade marca fim da Oficina de Inovação em Saúde na Reditec

14. novembro 2014 | Escrito por | Categoria: Eventos, Gestão, Matérias

DSC_0069 (2)-11Foi encerrada nesta quinta-feira, 13, a primeira edição da Oficina de Inovação em Saúde, realizada desde segunda-feira, 10, no campus de Porto Alegre do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS), durante a 38ª edição da Reunião dos Dirigentes das Instituições Federais de Educação Profissional e Tecnológica (Reditec). Durante os quatro dias de evento, os alunos enfrentaram desafios propostos para questões relativas à saúde do idoso, divididas nos eixos de prevenção à cegueira, de situação de risco ao idoso, do hospital 2.0 e do hospital amigo do idoso.

O evento foi uma oportunidade para a troca de experiências entre estudantes de diversas disciplinas e das mais variadas regiões, não só educacional, mas também culturalmente. Eles aprovaram a dinâmica da oficina.

Luiz Guilherme Portela, do curso técnico em informática do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), destacou a importância de desenvolver produtos para beneficiar os idosos. “No início, alguns de nós achávamos difícil chegar ao final com o desafio resolvido, e muitas vezes esperávamos pouco de nós mesmos, mas vimos que não devemos nos impor limites”, disse.

Frederico Willig, do curso de tecnólogo em sistemas para internet do Instituto Federal Farroupilha, espera novas edições da oficina. “Foi interessante trabalhar com pessoas de lugares diferentes e com ideias diferentes”, afirmou. “Muitos dos conceitos que aplicamos aqui só tínhamos visto em sala de aula. Foi uma experiência que revela um formato novo de aprendizado.”

Surpresa

Para o professor Milton Yogi, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que atuou como facilitador no evento, o aprendizado foi também dos professores e coordenadores. “Foi uma surpresa ver o quanto são promissores esses jovens talentos”, disse. “Ter esse contato com eles e trocar ideias e experiências foi enriquecedor.”

Segundo Rejane Vago, representante da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação, a dinâmica da oficina, além de atrair o estudante, motivou os institutos federais a adotar esse modelo de aprendizagem. “Além do entusiasmo dos alunos, percebemos o interesse dos representantes dos institutos em replicá-lo em suas unidades”, afirmou.

Para o representante da Unifesp, Paulo Schor, a oficina foi encerrada com uma análise acima das expectativas iniciais. “Mesmo com o tempo curto para preparar os projetos, os estudantes se dedicaram”, ressaltou. “A impressão que temos é a de que eles vão levar por muito tempo os ensinamentos que tiveram aqui.”

De acordo com o representante da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), Leandro Ambrósio Costa, as ideias inovadoras apresentadas são importantes subsídios para as questões relacionadas à saúde do idoso. “Existe um grande potencial nessas ideias, que podem ser aplicadas e desenvolvidas em projetos de pesquisa”, disse.

Propostas

No eixo de situação de risco ao idoso, a equipe Anjos da Guarda, formada por alunos dos institutos federais da Bahia e do Rio Grande do Sul, apresentou o projeto cinta guardiã, com mecanismos capazes de emitir aviso em caso de eventual queda do idoso, além de controlar a frequência respiratória. O segundo projeto é uma caixa de medicamentos com programação mensal para fornecimento de remédios na hora certa, por meio de aviso.

No eixo de prevenção à cegueira, o grupo Carcará, que reuniu estudantes dos institutos federais do Ceará e do Rio Grande do Norte, trabalhou com três projetos simultâneos. O primeiro deles, uma adaptação de óculos que permite aos idosos aplicar colírio corretamente. Na mesma linha, foi criado um identificador desse medicamento.

A equipe também trabalhou no desenvolvimento de um aplicativo que usa a câmera de smartphones e tablets para ajudar o usuário a caminhar por um ambiente, ao simular os problemas de perda visual do idoso.

No eixo do hospital amigo do idoso, a equipe OxeBah, com alunos da Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Sul, foi criado um instrumento interativo, chamado sistema lúdico de interação e movimento. Instalado na sala de espera de um consultório, o dispositivo estimula os idosos a participarem de jogos enquanto aguardam o atendimento. O equipamento também terá a função de avaliar e gerar dados sobre o movimento motor e o tempo de raciocínio dos idosos.

No eixo do hospital 2.0, o grupo Pampas Team 2.0, formado por estudantes de unidades de ensino gaúchas, criou um dispositivo para acesso on-line do paciente a qualquer unidade hospitalar conveniada, com informações sobre exames e consultas realizadas, além do mapa de localização.

Texto: Nestor Tipa Júnior
Foto: Ted Jonas

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