Lucas Camargo da Silva, da 5ª fase do curso técnico integrado em Eletrônica do Câmpus Florianópolis, está entre os selecionados para a equipe reserva da delegação brasileira que participará da IX Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica (IOAA, da sigla em inglês) e da VII Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica (OLAA). Ele foi selecionado após participar da seletiva final para a Olimpíadas Internacionais de Astronomia, no começo de abril. Ele ficou em 15º lugar geral na competição.

Para compor a equipe brasileira na IX IOAA, foram selecionados os estudantes que obtiveram da primeira à quinta colocação. Para a OLAA, vão os estudantes da sexta à décima colocação, sendo que, necessariamente, um desses classificados deveria ser uma representante feminina. Os ocupantes do 11º ao 15º lugar fazem parte da equipe reserva.

“Inicialmente fiquei um pouco frustrado pois estive a apenas 0,02 pontos do 14º lugar na média de todas as provas feitas na etapa presencial (a média final era de 0 a 10 e tirei 7,58)! E passaram uma integrante na minha frente na formação da equipe porque o regulamento exige a presenta de pelo menos uma representante feminina na equipe reserva (classificavam-se 15 pessoas). Por outro lado, foi muito bom conquistar a 15ª colocação pensando no fato de que inicialmente competiram 30 mil alunos de todo o Brasil! Cheguei a pensar na possibilidade de alguém desistir, mas faltando uma semana para o primeiro treinamento já achava que era impossível. Porém na segunda-feira me enviaram um email comunicando a desistência de Felipe Coimbra e me convidando para participar dos treinamentos. Com certeza foi um momento de muita alegria!”, relata Lucas.

Como membro da equipe reserva, Lucas participa apenas dos treinamentos. Um já foi realizado, no Observatório Abrahão de Moraes, em Valinhos (SP), de 18 a 21 de maio. O próximo será de 19 a 22 de junho no Observatório Pico dos Dias (Brasópolis/MG).

Segundo o estudante, a maior dificuldade enfrentada nas olimpíadas é a necessidade de ter que estudar por conta própria. “É um conteúdo que não é ensinado no Ensino Médio, que envolve muitos conhecimentos, fórumas e teorias relacionadas à Astronomia. Acabei estudando principalmente pelas videoaulas no Youtube do professor João Steiner, da USP, e pelo livro “Astronomia e Astrofísica”, de Kepler de Souza e Maria de Fátima”.

Lucas tem interesse na Astronomia desde pequeno e, há cerca de quatro anos, faz observações com um telescópio próprio. “O NEOA (núcleo de observação astronômica do Câmpus) me ajudou muito a evoluir na área, a partir das observações no IFSC, eventos do grupo ou dos quais o grupo participa, e contato com os integrantes”. A Olimpíada Brasileira de Astronomia de 2015 foi a terceira participação do estudante em eventos do tipo. “Não tive nenhum tipo de “aula particular” para estas provas, fiz todo o estudo sozinho, pois na verdade a astronomia faz parte do meu dia a dia, sempre leio, pesquiso sobre o assunto e o mais importante, observo, porque gosto e quero saber sempre mais”, finaliza.