Equipamento do Câmpus Florianópolis integra Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo

5. janeiro 2016 | Escrito por | Categoria: Câmpus Florianópolis, Matérias

rbmcverticeO vértice geodésico instalado no Câmpus Florianópolis integra agora a Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo (RBMC). O equipamento, homologado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sob o código internacional 94052, fica no topo do Bloco Central.

Cada estação da RBMC é equipada com um receptor GNSS (Global Navigation Satellite Systems – sistemas de navegação GPS + GLONASS), conectado a um link de internet, através do qual os dados são disponibilizados gratuitamente no portal do IBGE. A RBMC agora conta com 128 estações em todo o território nacional.

Através das informações geradas pela RBMC podem-se obter coordenadas (latitude, longitude e altitude) com precisão de milímetros e elas são diferentes daquelas que estamos acostumados a usar em nosso dia a dia, nos dispositivos móveis. Esta precisão, entretanto, é necessária para aplicações e atividades profissionais que são realizadas em diferentes áreas, por exemplo, na engenharia, na navegação aérea e marítima, nos cadastros rural e urbano, agricultura de precisão, entre outras.
A RBMC contribui também no desenvolvimento das atividades de projetos internacionais como o Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas (SIRGAS), que realiza estudos de geodinâmica da placa sul-americana, através das séries temporais das coordenadas das estações GNSS.

A parceria do IFSC com o IBGE já está firmada desde 2008, quando da instalação do vértice SCFL na unidade IFSC Chapecó. Florianópolis conta agora com duas estações da RBMC, uma na UFSC e a do IFSC. Isso garante que levantamentos topográficos georreferenciados realizados na região, possam ser feitos com redundância, garantindo a qualidade dos trabalhos de apoio aos levantamentos.

A estação do IFSC possui dados na RBMC desde 11 de outubro de 2015, e como é padrão da RBMC, os dados são armazenados a cada 15 segundos e disponibilizados na página do IBGE diariamente. Os dados podem ser baixados diretamente do site do IBGE. Quem necessitar de dados com taxa de gravação de um segundo para levantamentos cinemáticos, pode obtê-los no site do curso técnico em Agrimensura do Câmpus Florianópolis. Os arquivos são disponibilizados a cada hora.

Sobre a RBMC

A Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo dos Sistemas GNSS (Sistemas de Navegação Global por Satélites, como o norte-americano GPS – Sistema de Posicionamento Global, e o russo GLONASS), completou 19 anos no dia 13 de dezembro. A rede é composta de estações cujas informações permitem calcular as coordenadas (latitude, longitude e altitude elipsoidal, esta última referente ao modelo geométrico que representa a forma da Terra) mais precisas do país, podendo fornecer aos usuários localizações com precisão de milímetros. Pode ser utilizada tanto para apoiar o projeto, construção e monitoramento de grandes obras de engenharia, como estradas, pontes e barragens, quanto na demarcação de terras indígenas, quilombolas e áreas de proteção ambiental, entre outros, além de auxiliar no monitoramento de veículos.

Tendo em vista o grande número de aplicações em que a RBMC é empregada, torna-se importante fornecer tais informações de forma que seja possível aos seus usuários avaliar o funcionamento da rede e empregar tais informações no planejamento de suas atividades.

Apesar de ter partido de uma iniciativa do IBGE, a RBMC é hoje um grande esforço de dezenas de instituições públicas de todo o país, que contribuem com alguma infraestrutura para operação dessas estações. Dentre estas instituições, destacam-se o INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), que utiliza os dados da RBMC, por exemplo, no Programa de Estudo e Monitoramento Brasileiro do Clima Espacial (EMBRACE), no Sistema Integrado de Posicionamento para Estudos Geodinâmicos (SIPEG) e no Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), para o cálculo dos modelos de previsão de tempo.

Os processos de coleta e disponibilização dos dados são automáticos, fazendo com que os arquivos diários para pós-processamento sejam liberados nas primeiras horas do dia seguinte. Mensalmente são realizados mais de 40 mil downloads no portal do IBGE e mais de 4.000 usuários já foram cadastrados para o acesso em tempo real.

Mesmo com este expressivo número de estações, a RBMC ainda precisa ser densificada nas regiões Norte e Centro-Oeste do país, onde é necessária uma melhor cobertura em áreas importantes.

Com informações do IBGE e do curso técnico de Agrimensura do Câmpus Florianópolis.

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