Os trabalhos foram desenvolvidos nas disciplinas de Processos Criativos e de Modelagem Tridimensional. Na primeira, sob orientação da professora Rafaela Soratto, as alunas criaram máscaras customizadas através do estudo das cores. Na outra disciplina, com a professora Lilian Daros Pescador, elas desenvolveram roupas com tecidos tingidos com beterraba, cenoura, borra de café, feijão, açafrão e outros produtos naturais.

“Algumas indústrias já trabalham dessa forma, pela importância da questão da sustentabilidade. E as alunas ficaram contentes com a proposta”, relata a professora Lilian.

As colegas Anna Luiza Rios, 18 anos, e Júlia Passos, 21, utilizaram beterraba, feijão e açafrão para tingir o tecido que utilizaram. O trabalho, aliás, foi completo. Da escolha do tecido à finalização do modelo, elas realizaram todo o processo, que culminou com a montagem da roupa em um manequim em tamanho reduzido.

“Foi muito legal trabalhar com produtos naturais e aprender que nem sempre é preciso usar um corante artificial. Além disso, aprendemos a fazer coisas que ainda não sabíamos. Desde o zero, tingimos os tecidos, desenhamos o modelo, recortamos e costuramos as roupas para o manequim”, conta Anna Luiza.

Os trabalhos já haviam sido expostos durante o I’Fashion, tradicional evento realizado no Câmpus Araranguá no começo de julho. A exposição foi levada ao Center Shopping para que as alunas tivessem a experiência de mostrar seus trabalhos pela primeira vez a um público de fora do IFSC. “A exposição tem chamado muita atenção. Muitas pessoas param para ver a produção das alunas. Para elas isso é muito importante”, destaca a professora Rafaela.

O Center Shopping é um parceiro do Câmpus Araranguá e sempre dá espaço para a exposição dos trabalhos criados nos cursos de Moda do IFSC. Em março deste ano, por exemplo, alunas da segunda fase puderam expor biquínis e chapéus criados nas disciplinas de Lavanderia em Jeans e Pesquisa e Criação. Leandro Pereira, diretor de marketing do shopping, relata que as roupas e acessórios chamam atenção do público. Para o shopping, é uma maneira de integrar a comunidade e abrir espaço para os novos talentos.

“O conceito de associação faz parte da nossa personalidade. Dessa forma, estendemos isso para a comunidade. Esses jovens estudantes precisam de espaço para começar e nós mantemos essa relação com o IFSC para dar oportunidade para o pessoal mostrar seu talento”, afirma.

Por Daniel Cassol | Jornalista IFSC